Defesa de Robinho aciona STF para evitar prisão imediata

STJ decidiu nesta quarta-feira (20), por 9 votos a 2, que o ex-jogador deve cumprir, no Brasil, pena por crime cometido e julgado na Itália

21 mar 2024 - 08h51
(atualizado às 09h05)

A defesa do ex-jogador Robinho recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21) para evitar a prisão imediata do atleta, no Brasil, para o cumprimento da pena de estupro. O crime foi cometido e julgado na Itália.

Os advogados pedem que o STF suspenda a execução da pena, determinada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta quarta (20), até que se encerrem as possibilidades de recurso.

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Por 9 votos a 2, a Corte Especial do STJ validou o pedido da Itália para que o jogador cumpra a pena no Brasil. A sentença italiana foi homologada, e a pena, transferida para o Brasil.

Ao STF, os advogados de defesa afirmam que o jogador não representa um risco para o cumprimento da decisão.

"No caso em questão, o paciente aguardou em liberdade todo o processo de homologação e nunca representou um risco à aplicação da legislação pátria, portanto sua liberdade é de rigor até o trânsito em julgado da discussão", escreveram os advogados.

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A defesa alega ainda que existem chances de o STF reverter o entendimento do STJ pois o pedido da Itália fere a Constituição.

"Além do mais, existe grande plausibilidade jurídica de que o Supremo Tribunal Federal possa rever a decisão homologatória do Superior Tribunal de Justiça, pois a pretensão apresentada pelo Estado italiano, de que seja homologada decisão condenatória penal para que seja executada no Brasil pena estabelecida no estrangeiro, coloca-se em chapada contrariedade à Constituição da República", explica a defesa do ex-jogador.

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