Preso em flagrante após dar dois tiros para o alto durante uma discussão com a esposa em São Luís, no Maranhão, o delegado Marcelo Fernandes Santos estava afastado das funções para tratamento psiquiátrico. Ele responde pelos crimes de ameaça, injúria e disparo de arma de fogo em via pública.
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Conforme Márcio Dominici, presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil do Maranhão (ADEPOL-MA), explicou ao Terra, o homem de 50 anos passou 21 dias internado em uma clínica da capital maranhense e havia recebido alta há uma semana. O motivo da liberação médica, no entanto, não foi informado ao grupo.
Ainda segundo o responsável pela associação, Marcelo inicialmente era delegado de plantão, quando começou a apresentar problemas psicológicos e foi transferido para uma delegacia de menor fluxo.
A mudança, no entanto, não foi suficiente e ele se envolveu em uma ocorrência policial. A partir disso, os companheiros de ADEPOL e os familiares optaram pela internação do delegado.
Após 21 dias internado, ele recebeu alta - sem que o motivo da liberação fosse explicado - e procurou a associação, que recomendou uma conversa com superiores. A decisão final, então, foi para manter o afastamento para tratamento psicológico.
Longo das funções de delegado, Marcelo teve a arma funcional recolhida pela entidade de classe, mas continuou com a pessoal, que, segundo Dominici, a associação não tinha conhecimento.
“Ele está ainda em surto, não fala coisa com coisa, falas desconexas, infelizmente. Ele precisa de tratamento”, completou Dominici, que reforçou que a ADEPOL vai trabalhar por uma nova internação do delegado.
O Terra também entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações.