A deputada estadual Thainara Faria (PT), de 28 anos, disse ter sido vítima de racismo estrutural na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) , durante uma sessão solene nesta sexta-feira, 31. Em um vídeo compartilhado em sua rede social, ela denunciou o caso e explicou o que aconteceu.
"Eu passei três horas na mesa, numa atividade belíssima promovida pela deputada Leci Brandão com uma placa escrito 'deputada Thainara Faria', fiz fala, fiz tudo e na hora que eu fui descer para assinar livro de presença dos deputados e das deputadas, a servidora falou 'esse livro é só para os deputados e para as deputadas'", disse.
Thainara ainda explicou que assim como outros parlamentares, ela usa um botom de identificação, que facilita no reconhecimento dos servidores. Para ela, a situação não foi "um mal entedido", mas sim "racismo puro e o pior tipo de racismo que existe, o estrutural".
A deputada voltou novamente ao plenário da Alesp onde discursou e falou sobre o episódio para todos os membros da casa. Segundo Thainara, "desde que cheguei aqui, fui vítima desse ódio que dói, humilha e mata. Não vou aceitar isso. Não vou me calar, não vou deixar que isso passe impune".
Em nota, a Alesp disse que o presidente da casa, André do Prado (PL), se solidarizou com a deputada e que, de imediato, "determinou providências ao secretário-geral parlamentar, que substituiu a funcionária pública envolvida no episódio e que o caso será avaliado no âmbito administrativo".
O Terra entrou em contato com gabinete da deputada Thainara Faria. Até o fechamento deste texto não houve retorno.