O deputado federal Carlos Alberto da Cunha (PP-SP), mais conhecido como Delegado Da Cunha, foi acusado formalmente pela Promotoria de Justiça de Santos, ligada ao Ministério Público de São Paulo (MPSP), pelos crimes de lesão corporal proveniente de violência doméstica, ameaça e dano qualificado.
Conforme informações divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo, o deputado, que já estava sob investigação por enriquecimento ilícito e abuso de autoridade, foi denunciado por agressão pela sua namorada, a nutricionista Betina Grusiecki.
Betina alegou ter recebido ameaças de morte do parlamentar e ter perdido a consciência devido às agressões. O caso foi registrado na 2ª DDM (Delegacia da Defesa da Mulher), localizada na Zona Sul de São Paulo.
De acordo com o MPSP, Da Cunha 'agarrou' Betina, "com violência, bateu a cabeça dela contra uma das paredes do imóvel". Ele também teria apertado o pescoço da nutricionista, fazendo com que ela desmaiasse, antes de bater a cabeça dela mais uma vez contra a parede.
O juiz Leonardo de Mello Gonçalves, da 2ª Vara Criminal de Santos, remeteu o processo ao Supremo Tribunal Federal (STF), devido ao mandato parlamentar de Da Cunha.
O magistrado solicitou, no entanto, que o STF avalie se o processo deve continuar na primeira instância, conforme o pedido do MPSP. A promotoria sustenta que o acusado não possui foro privilegiado neste caso, uma vez que o crime que lhe é imputado não está relacionado às suas funções na Câmara dos Deputados.