Desmascarando as mentiras sobre a violência doméstica

O mito de que existe um perfil específico para as vítimas de violência doméstica é falho

8 mar 2024 - 05h30
(atualizado às 11h23)
É completamente infundado sugerir que as mulheres são vítimas de violência doméstica por gostarem ou provocarem
É completamente infundado sugerir que as mulheres são vítimas de violência doméstica por gostarem ou provocarem
Foto: Divulgação / Estadão

A propagação de desinformação sobre violência doméstica perpetua estigmas e distorce a realidade.

Falsas crenças, como a ideia de que a Lei Maria da Penha é injusta por supostamente favorecer apenas as mulheres, obscurecem seu propósito original.

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Essa legislação foi promulgada para proteger mulheres vulneráveis que enfrentam violência, enquanto também reconhece que homens também podem ser vítimas, com dispositivos legais no Código Penal para ampará-los.

Outro equívoco comum é a noção de que a Lei Maria da Penha foi criada para permitir que mulheres se vinguem de homens. Na verdade, seu objetivo é fornecer mecanismos de proteção e assegurar que qualquer indivíduo que cometa atos de agressão seja responsabilizado criminalmente, enfatizando a busca pela justiça em vez de vingança.

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É completamente infundado sugerir que as mulheres são vítimas de violência doméstica por gostarem ou provocarem. As vítimas tentam evitar a agressão, mas podem permanecer em situações abusivas por medo, vergonha ou dependência emocional, mantendo a esperança de uma mudança na situação.

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O mito de que existe um perfil específico para as vítimas de violência doméstica é falho. Qualquer mulher, independentemente de sua origem social, raça, etnia, religião, orientação sexual, idade ou nível de escolaridade, pode ser alvo desse tipo de violência.

Por fim, a ideia de que as vítimas poderiam simplesmente abandonar os agressores se a situação fosse grave é completamente falsa. Muitas mulheres enfrentam obstáculos sentimentais significativos para deixar seus agressores, ficando presas em um ciclo de violência difícil de interromper.

É crucial denunciar a violência e lembrar às vítimas que não são culpadas pelo que sofreram, merecendo viver em um ambiente seguro e livre de violência.

Desmistificar as falsas narrativas em torno da violência doméstica é essencial para garantir que as vítimas recebam o apoio necessário e sejam tratadas com dignidade. É crucial educar a sociedade sobre a complexidade desse problema e promover uma cultura de responsabilidade e apoio às vítimas.

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