Primeira mulher a governar a Itália, a premiê Giorgia Meloni afirmou nesta quarta-feira (8) que é dever das instituições combater a violência de gênero e derrubar as barreiras contra a igualdade.
Em mensagem pelo Dia Internacional da Mulher, a primeira-ministra lembrou das vítimas de feminicídio no país e disse que é preciso "continuar a batalha para enfrentar todas as formas de violência, com todos os instrumentos à nossa disposição".
De acordo com dados da polícia, 125 mulheres foram assassinadas na Itália em 2022, um aumento de seis vítimas em relação a 2021. Do total de feminicídios no ano passado, 103 ocorreram em âmbito familiar, sendo 61 pelas mãos de um ex ou atual parceiro.
"É dever das instituições fazer com que tais barbáries não aconteçam mais. Assim como é nosso dever derrubar os obstáculos que não permitem a todas as mulheres expressar ao máximo seu inestimável potencial", acrescentou.
Segundo Meloni, "grandes avanços" foram alcançados nos últimos anos, mas ainda resta muito por fazer. "O crescimento da presença das mulheres em cada setor deve representar um movimento contínuo pelo desenvolvimento de nossa nação", declarou.
Ao mesmo tempo, o movimento feminista "Non Una di Meno" ("Nem uma a menos") convocou manifestações nesta quarta-feira em 37 cidades italianas para protestar contra a violência de gênero, mas também contra a ideologia "Deus, pátria e família" do governo.
De acordo com as organizadoras, os atos também servem para exigir aborto livre e gratuito e um sistema de bem-estar social público e universal.