O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra começou a ser julgado nesta segunda-feira, 12, no Rio de Janeiro, após ser acusado de estupro de vulnerável. Em junho deste ano, ele foi preso em flagrante pelo crime contra uma mulher que havia acabado de dar à luz no centro cirúrgico do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti.
Ao portal R7, o advogado da vítima, Francisco Bandeira, afirmou que a mulher ainda continua muito abalada após cinco meses do ocorrido, e “não consegue superar o episódio”.
“Ela tem muita dificuldade de andar na rua, se comunicar com as pessoas e interagir até com os filhos. Muitas dificuldades mesmo. Ela não consegue superar. Ela tem muito medo. Quando ela vê uma pessoa com as características físicas semelhantes às do réu, o emocional dela começa a mexer”, revelou.
Quintella, que está preso em Bangu 8, no Complexo de Gericinó, participa da sessão de forma remota, conforme apontou a reportagem, para preservar a vítima. O julgamento ocorre pela 2ª Vara Criminal de São João de Meriti.
A mulher poderá ser ouvida durante o julgamento. Ela espera que o “pesadelo acabe” e que ele seja condenado, conforme apontou Bandeira. A defesa busca pela condenação com pena máxima, que é de até 15 anos de reclusão.
“Nós vamos brigar e lutar com o Ministério Público pela pena máxima aplicada a ele que puder, com as agravantes em se tratando de um crime hediondo. Que seja uma decisão que venha a ter um efeito pedagógico, que isso não ocorra com milhares de mães e pais mundo afora", afirmou.