A novela "Vale Tudo" vai ganhar uma segunda versão em 2025 para comemorar os 60 anos da Globo e seu elenco está sendo definido aos poucos. Nos últimos anos, a emissora carioca mostrou beijos entre homens e casais de mulheres, mas a situação era bem diferente em 1988, quando o folhetim de Gilberto Braga (1945-2021) foi ao ar pela primeira vez.
Um casal que seria formado por duas atrizes acabou sendo alvo de censura e mudou a trama estrelada por Regina Duarte, Gloria Pires e Beatriz Segall, uma das artistas do elenco original que morreu em 2018. Através de reportagens de vários jornais, o Purepeople volta com você no tempo e conta como essa trama ficou de fora de "Vale Tudo".
O casal LGBTQIA+ seria formado por Cristina Prochaska, a Laís, e Lala Deheizelin, a Cecília, a irmã de Marco Aurélio (Reginaldo Faria), ambas proprietárias de uma pousada e juntas há 12 anos. Em 19 de julho daquele ano, o então diretor da Censura Federal vetou por completo as cenas nas quais as empresárias revelariam suas orientações sexuais, contando ainda o preconceito por elas enfrentado.
"As personagens poderiam incorporar o estereótipo homossexual, jamais, porém, sugerir um relacionamento", disse o "Jornal do Brasil". Um dia mais tarde, o extinto jornal fluminense voltou à questão afirmando que as cenas em questão foram reescritas às pressas. Com isso, a sequência da morte de Cecília em acidente de carro também acabaram alteradas.
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