O ator Victor Meyniel prestou novo depoimento à Polícia Civil no inquérito que investiga as agressões que sofreu do estudante Yuri de Moura Alexandre no último sábado, 2, na portaria de um prédio em Copacabana, no Rio de Janeiro.
O artista foi chamado para novos esclarecimentos após a médica Karina de Assis Carvalho, que mora com Yuri, acusar Victor de importunação, além de dizer que escutou o ator ameaçar o amigo.
No depoimento, Victor negou as acusações. "Após a chegada de Karina percebeu que um "climão" se formou em torno de Yuri e Karina e o declarante (Victor) então passou a tentar deixar o clima mais "leve", buscando mais contato com Karina (...) em nenhum momento fez qualquer tipo de deboche ou diminuiu a condição profissional de Karina . Que por diversas vezes ouviu da própria Karina que o declarante poderia ficar à vontade no apartamento. Que esclarece também que foi ao quarto de Karina, inclusive quando em ato de gentileza, buscando uma aproximação mais amigável, foi lhe levar um prato com strogonoff, onde Karina não aceitou; Que nega que tenha entrado no quarto de Karina e encontrado a mesma nua", diz o trecho divulgado pelo jornal Extra!.
O delegado João Valentim afirmou que nada justifica a agressão: "Pelos depoimentos prestados, ficou claro que as agressões se iniciam no corredor, ainda no interior do apartamento. Mesmo que tenha havido um ato de inconveniência, nenhum tipo de ato justifica uma agressão brutal daquela. Yuri se identificou para os policiais militares como médico da Aeronáutica e como casal, ou seja, como se fosse hétero. Ao passo que, agora sendo chancelado de homofóbico, ele se identifica como (sua sexualidade) aberta. Um negro pode ser racista e um gay homofóbico."
"Victor contesta o depoimento dela. Não foram apresentadas provas de nenhuma importunação. E uma importunação não quer dizer necessariamente que corresponda a um crime. As lesões foram causadas pela repulsa dele (Yuri) ser chancelado de gay", completou.