O presidente Lula discursou no segundo dia de reunião dos Brics, e disse que o emponderamento das mulheres é pré-condição para o desenvolvimento social. O bloco é composto pelo Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul. Lula se pronunciou nesta quarta-feira (23), em Joanesburgo, cidade sul-africana sede da 15ª Cúpula dos Brics, e também teceu críticas ao machismo.
"Em muitos lugares, enquanto os homens fazem a guerra, são as mulheres que lutam pela conciliação. A valorização e o fortalecimento do papel das mulheres na resolução dos conflitos será cada vez mais central para o mundo em paz. Mais do que isso, o emponderamento das mulheres é pré-condição para o pleno desenvolvimento econômico e social", afirmou.
O presidente também parafraseou Thomas Sankara, ex-presidente de Burkina Faso, em seu discurso, quando afirmou que "não podemos almejar uma sociedade onde a metade da população é silenciada pelo machismo e pela descriminação na participação política e no mundo do trabalho".
Nenhum dos cinco países dos Brics é liderado por mulheres. Contudo, a ex-presidente da República Dilma Rousseff assumiu a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também conhecido como "banco dos Brics", em 13 de abril. O mandato de Dilma vai até julho de 2025. Ela foi indicada ao cargo pelo governo Lula.
O mandatário brasileiro também aproveitou a oportunidade para mais uma vez defender a moeda única, além de ressaltar que o interesse de outros países em entrar para o bloco é "reconhecimento de relevância crescente" do Brics. Ao todo, 23 países se inscreveram formalmente para se tornar membros permanentes do grupo, incluindo Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Argentina, Indonésia, Egito e Etiópia.
Na última vez que participei da Cúpula do Brics, em 2010, tive a honra de receber os países no Brasil. Naquele momento saímos fortalecidos com o ingresso da África do Sul. Passamos a refletir melhor a nova configuração do poder mundial. Hoje, representamos 41% da população e…
— Lula (@LulaOficial) August 23, 2023