"Aí não, Negão. Você quer me f*." Foi isso que o diretor de tecnologia da Proz Educação, Juliano Pereira dos Santos ouviu de um representante de uma prestadora de serviços. O caso aconteceu durante uma vídeochamada em outubro do ano passado.
No episódio, considerado racista por Juliano, o contrato entre as empresas, de quase R$ 1 milhão, foi encerrado. Santos, que é bacharel em Administração de Empresas pela USP, e trabalha como diretor de tecnologia na Proz Educação, empresa da qual também é sócio, afirmou em entrevista para o GLOBO que o representante também o chamou de mentiroso.
"Uma pedância, uma arrogância na hora de falar e a tensão foi escalando. Eu até ofereci de pagar um valor, mas ele disse que eu estava sendo injusto".
Juliano afirmou ainda que em determinado momento da conversa, o representante foi ainda mais grosseiro, na dentativa de o descredenciar. "Nessa hora, o cidadão foi extremamente agressivo e grosseiro na hora de falar. 'Aí não, negão. Você quer me f*'".
Juliano dos Santos colocou o representante e a empres na Justiça, e pede indenização por danos morais.
Procurada pelo GLOBO, a Oracle afirmou em nota que tem compromisso "inegociável" com a diversidade e a inclusão e combate todas as formas de discriminação.