A deputada federal Erika Hilton entrou com uma representação no Ministério Público do Estado de São Paulo, pedindo a instauração de uma investigação contra Ana Paula Minerato. A ação foi motivada por áudios vazados nas redes sociais, nos quais a influenciadora fez comentários racistas.
Nos áudios, Minerato se refere à cantora Ananda, do grupo Melanina Carioca, como “a empregada, a do cabelo duro” e, em tom de sarcasmo, comenta que os pais da artista seriam originários da África.
“As falas racistas de Minerato não podem ser toleradas ou passarem impunes. No pedido, destaco que, além da injúria racial, a influenciadora pode ter cometido o crime de racismo, uma vez que a fala foi proferida em ambiente público e, mesmo com a repercussão nacional dos áudios, ela não se retratou”, escreveu a deputada nas redes sociais.
“Na representação, solicito a instauração de uma investigação para apurar a prática de racismo, pedindo a aplicação do artigo 20 da Lei Federal nº 7.716/89, que prevê a pena de reclusão de um a três anos e multa”, acrescentou.
O que aconteceu
Áudios divulgados nas redes sociais revelam Ana Paula Minerato envolvida em uma discussão com o ex-namorado, o rapper KT, durante a qual ela faz declarações racistas sobre a cantora Ananda.
Após o incidente, Ananda afirmou em suas redes sociais que tomará as medidas legais cabíveis contra Minerato. Com a forte repercussão, a influenciadora se manifestou publicamente, pedindo desculpas pelas falas.