As escolas da Itália fizeram nesta terça-feira (21) um minuto de silêncio em memória de Giulia Cecchettin, estudante de 22 anos cuja morte provocou comoção em todo o país.
A homenagem aconteceu simultaneamente às 11h, após pedido do ministro da Educação, Giuseppe Valditara, que prometeu apresentar um plano para educar crianças e adolescentes sobre a violência de gênero.
No entanto, em algumas escolas, os alunos trocaram o minuto de silêncio por um minuto de barulho em protesto contra a morte de Cecchettin, assassinada na noite de 11 de novembro e cujo corpo foi encontrado no último sábado (18), jogado perto de um lago no norte da Itália e com marcas de facadas no pescoço e na cabeça.
A manifestação dos estudantes segue um apelo de Elena Cecchettin, irmã da vítima e que pediu para as pessoas "queimarem tudo" ao invés de fazer um minuto de silêncio.
Filippo Turetta, 22, ex-namorado de Cecchettin, é o único suspeito do crime e foi preso na Alemanha no último domingo (19). Se for comprovado que o homicídio foi premeditado, ele pode pegar até prisão perpétua.
Segundo relatos de pessoas próximas à vítima, Turetta tinha um ciúme obsessivo, principal motivo para o fim do relacionamento, em agosto passado, mas Cecchettin continuava a vê-lo por se sentir culpada.
"Giulia ainda saía com Filippo porque estava cheia de senso de culpa, ele a mantinha presa assim. Dizia que, sem ela, sua vida não tinha mais sentido, e Giulia era muito boa", contou Giulia Zecchin, amiga da vítima, à imprensa italiana.