Na última sexta-feira (28), o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha, na Espanha, anulou a condenação de Daniel Alves por estupro por "argumentos insuficientes". Após a decisão, Joana Sanz, esposa do ex-jogador, se manifestou nas redes sociais e falou sobre as críticas que recebeu nos últimos anos.
O que disse Joana?
Em seus Stories, a modelo espanhola publicou uma foto sorridente, com desabafo sobre o julgamento que sofreu. "Apontaram dedos, me insultaram, me ameaçaram e me perseguiram durante anos. Como se quem tivesse sido acusada fosse eu", começou.
"Apesar de tantos danos midiáticos/públicos, sigo em pé, sem que falte trabalho para mim, como tantos desejaram que acontecesse, fiel às minhas crenças e defendendo o que penso sem ser intoxicada pelos outros", pontuou ela. "Os convido a deixar de descarregar seu ódio em pessoas que não conhecem, se eduquem, para não ter que morder a língua que às vezes envenena. Feliz vida", concluiu.
Casados desde 2017, Joana e Daniel chegaram a se separar enquanto o jogador estava preso. No entanto, decidiram retomar no início de 2024, quando o atleta recebeu liberdade provisória. Em outubro, a modelo chegou a declarar que não se importava com as críticas por continuar casada com Daniel.
Relembre o caso
Em 30 de dezembro de 2022, uma mulher espanhola denunciou Daniel Alves por estupro. Segundo ela, os dois estavam na mesma boate em Barcelona, e o ato foi cometido dentro do banheiro. Exames de corpo de delito confirmaram a existência de sêmen na vagina da jovem, e funcionários do local relataram que ela saiu do banheiro muito abalada.
Na ocasião, três elementos comprovaram o abuso, que seriam: lesões no joelho da vítima, seu comportamento ao relatar o caso, e a existência de sequelas e traumas.
Qual foi a condenação?
Daniel Alves foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão, além de indenização de 150 mil euros (R$ 804 mil) à vítima por danos morais e físicos. Em março de 2024, um ano após sua prisão, o ex-jogador pagou uma fiança de 1 milhão de euros (cerca de R$ 6,5 milhões), e passou a cumprir sua pena em liberdade condicional.
A sentença considerava o atleta culpado pois: "O acusado agarrou bruscamente a denunciante, a derrubou ao chão e, impedindo-a de se mover, penetrou-a vaginalmente, apesar de a denunciante dizer que não, que queria ir embora. Com isso, se configura a ausência de consentimento, com o uso de violência, e com acesso carnal".
Mudança de decisão
A nova decisão da Justiça espanhola, no entanto, anula a condenação anterior de Daniel Alves. Magistrados do Tribunal Superior decidiram, de forma unânime, que a sentença original apresentava "lacunas, imprecisões, inconsistências e contradições sobre os fatos, a avaliação jurídica e suas consequências".
Segundo a Justiça, foi analisada uma "falta de fiabilidade do depoimento" da mulher, "indicando expressamente que o que relata não corresponde à realidade". O documento reforça que este fato não significa que o ato tenha ou não acontecido, mas todas as medidas cautelares contra Daniel foram revogadas.