O novo documentário do Globoplay explora o caso do ex-jogador de futebol Robinho, que foi condenado a nove anos de prisão pelo estupro coletivo de uma mulher albanesa de 23 anos em uma boate na Itália enquanto jogava pelo Milan.
No processo investigativo, a Justiça italiana interceptou ligações telefônicas entre Robinho e outros envolvidos no crime. Nas gravações, o grupo tratava a situação com deboche. Em 2014, o atleta foi interrogado e admitiu ter mantido relações com a vítima, alegando que foram consensuais.
Fuga e julgamento
Durante o andamento do processo, Robinho retornou ao Brasil e, em 2016, a Justiça italiana abriu formalmente a ação. Ele, no entanto, não compareceu às audiências. A condenação foi anunciada pela primeira vez em 2017 e, em 2020, confirmada em segunda instância.
Em janeiro de 2022, a Corte de Cassação de Roma reiterou a decisão, tornando a sentença definitiva e sem possibilidade de recurso.
A Justiça italiana pediu a extradição de Robinho, o que foi negado pelo Brasil. Em 2023, o governo italiano solicitou que a pena fosse cumprida em território brasileiro, já que o país não extradita seus cidadãos natos, mas contempla a possibilidade de que a pena de prisão imposta em outro país seja cumprida em território nacional. No mês de março de 2024, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) determinou a execução imediata da sentença em regime fechado, com a decisão de 9 votos a 2.
Prisão
Robinho foi então preso pela Polícia Federal em seu condomínio em Santos (SP) e levado para a Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, conhecida também como Tremembé II, após audiência de custódia.
A série “O Caso Robinho”, que estreou nesta quarta-feira, 30, inclui o depoimento exclusivo da vítima, identificada como Mercedes, que relata suas memórias daquela noite e o desenrolar das investigações criminais. A gravação da entrevista foi realizada na Albânia e durou quase duas horas, segundo informações do g1.