No dia 17 de junho, Mônica Rocha, de 28 anos, se tornou a primeira mulher com Síndrome de Down a conseguir faixa preta em taekwondo. Orgulhosa das faixas que já conquistou, ela treinou cerca de dez anos para alçancar a faixa preta.
Ela conheceu o taekwondo através de vídeos do YouTube e, quando percebeu, queria entrar para esse mundo também, mas o pai foi contra a ideia no começo. Para Márcio, taekwondo era "coisa de homem" e não "coisa de mulher". "Eu tive que provar para ele", disse Mônica, que não mudou de ideia.
Um tempo depois, Márcio passou a incentivar a filha e sua ideia. "Nasceu uma energia que eu não conhecia nela", disse o pai sobre o momento em que a viu treinar.
Ranniere dos Anjos, professor de Mônica no Cieja (Centros Integrados de Educação de Jovens e Adultos), que faz parte do IOK (Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural), disse ao Globo Esporte, da Globo, que a jovem sempre foi esforçada e tinha muita vontade de aprender. "Desde o começo a gente já via que ela tinha muito potencial", contou ele.
Mônica desejava ter a faixa preta desde o início. "Ela está representando não só ela, mas uma classe de pessoas que têm uma vida difícil, de superação todos os dias e está mostrando que é capaz", disse Ranniere.
A tão sonhada faixa preta veio no Festival de Inclusão, organizado pelo Instituto Olga Kos, evento que entregou medalhas para diversas pessoas com deficiência que faziam parte do projeto. O festival contou com a presença de mil e quinhentas pessoas. "Quando a gente quer, com "Q" maiúsculo, as coisas acontecem porque com "q" minúsculo qualque um quer", disse Olga Koss, fundadora do instituto, ao ge.
Primeira brasileira com Síndrome de Down a ser faixa preta no taekwondo, Mônica Rocha se emocionou ao atingir seu objetivo. "Eu venci", disse ela.