Ex-primeira-dama da Argentina mostra hematomas após agressões de Fernández: 'Você me bate há 3 dias'

Imagens dos hematomas no rosto e outras partes do corpo foram enviadas em uma troca de mensagens com o ex-presidente da Argentina

9 ago 2024 - 08h24
Ex-primeira-dama da Argentina mostra hematomas após agressões de Fernández: 'Você me bate há 3 dias'
Ex-primeira-dama da Argentina mostra hematomas após agressões de Fernández: 'Você me bate há 3 dias'
Foto: Reprodução/Infobae

A ex-primeira-dama da Argentina Fabiola Yañez enviou fotos com hematomas no rosto e outras partes do corpo em uma troca de mensagens com o ex-presidente da Argentina Alberto Fernández. Os prints das mensagens foram divulgados na quinta-feira, 8, pelo site de notícias argentino Infobae.

Na última terça-feira, 6, Fabiola denunciou o ex-marido por violência física e assédio durante uma videoconferência com o juiz federal Julián Ercolini, que ordenou medidas de proteção para a ex-primeira-dama.

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As mensagens e as fotos foram descobertas durante a investigação de outro caso conduzido pelo juiz que apura atos de corrupção durante o governo de Fernández. Fabiola tinha conversado com a secretária do ex-presidente, María Cantero, sobre as agressões e o celular de María foi periciado pela Justiça no outro caso, revelando assim as mensagens.

As fotos mostram um enorme hematoma no olho esquerdo da ex-primeira-dama e outro semelhante na axila esquerda. Na troca de mensagens, de agosto de 2021, entre Fabiola e Fernández pelo WhatsApp, o ex-presidente diz que se "sente mal fisicamente".

Na sequência, Fabiola afirma: "Isso não funciona assim, você me bate o tempo todo". "Não posso deixar você fazer isso comigo quando eu não fiz nada com você", continua.

"E tudo que tento fazer com minha mente focada é defender você e você me bate fisicamente", diz ainda a ex-primeira-dama. Antes de mostrar a foto com o hematoma no braço, ela escreve: "Não há explicação". Após mostrar os hematomas, ela acrescenta: "Foi aí que você me sacudiu".

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Em uma outra captura de tela, Fernández fala para a então esposa parar de discutir. "No final acabamos brigando por todo mundo. Por favor. Venha", enviou.

Em um terceiro print, a ex-primeira-dama diz que Fernández está batendo nela por três dias. "Você me bateu de novo. Você é louco". Ele então responde: "Me sinto mal". Ela completa: "Você está me batendo há 3 dias seguidos". Ele novamente diz que não se sente bem: "Estou com dificuldade para respirar. Por favor, pare. Me sinto muito mal".

Entenda o caso

No último domingo, 4, o jornal argentino Clarín publicou que Fernández é suspeito de agredir a então primeira-dama Fabiola Yañez. Uma troca de mensagens entre Fabiola e a secretária do ex-presidente, María Cantero, foi exposta pelo jornal. Além disso, Fabiola também mandou áudios com relatos de agressão.

Segundo a reportagem, a então primeira-dama também teria sido agredida durante a gravidez do filho Francisco, que nasceu em abril de 2022. Os dois vivem na Espanha atualmente. Ainda conforme o Clarín, as agressões aconteciam dentro da residência oficial do presidente, em Buenos Aires, a Quinta de Olivos.

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Fabiola não teria levado adiante a denúncia contra Fernández. De acordo com o jornal, isso faria com que a mulher precisasse voltar para a Argentina, e como ela não tinha intenção de viajar, o caso foi arquivado. A Justiça chegou a abrir um procedimento relacionado ao caso no último mês de junho.

Já na última terça-feira, 6, após o vazamento da troca de mensagens, Fabiola denunciou Fernández por violência física e assédio. A defesa do ex-presidente nega que houve violência física. Um dos próximos passos no caso é o depoimento da ex-primeira-dama, que ainda não foi marcado.

Fernández foi presidente até dezembro de 2023. Ele apoiou o candidato Sergio Massa como seu sucessor, mas o vencedor foi o ultra-direitista Javier Milei, atual presidente da Argentina.

Fabiola é atriz e jornalista, e os dois são casados desde 2014. Ela foi primeira-dama entre 2019 e 2023.

Em caso de violência contra a mulher, denuncie

Violência contra a mulher é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de agressão contra mulheres, denuncie. Você pode fazer isso por telefone (ligando 190 ou 180).Também pode procurar uma delegacia, normal ou especializada.

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Saiba mais sobre como denunciar aqui.

Fonte: Redação Terra
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