Fabíola de Andrade, esposa do bicheiro Rogério de Andrade, personagem de "Vale o escrito", documentário do Globoplay, e nova rainha de bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel, falou sobre o seu vídeo íntimo vazado em 2019 e o machismo que sofreu após a repercussão da gravação.
"É uma situação bem chata, muito constrangedora, principalmente para a mulher. Os homens julgam muito, tem muitos homens que falam besteira, coisas absurdas que não tem nada a ver. É bem mais difícil para a mulher... para o homem não pega mal, não sei por quê. A vontade que dá no homem dá na mulher também. O povo é machista", disse no Instagram, respondendo um seguidor que também teve um vídeo íntimo vazado.
Em 2019, Fabíola não conseguia sair de casa após o vazamento do vídeo por se sentir muito constrangida. Na gravação, ela aparece tendo relações sexuais com três de seus seguranças, que ela já disse se tratar de um fetiche dela e do marido.
Em agosto deste ano, quando surgiram os rumores de que se tornaria rainha de bateria da Mocidade, Fabíola fez uma transmissão ao vivo em seu Instagram para falar sobre o assunto. "Eu sei que eu não devo nada a ninguém, mas fiz a live pra esclarecer que aquilo foi uma coisa muito particular e íntima, minha e do meu marido. Tenho certeza que muitas mulheres já passaram por isso e tem medo ou vergonha de falar", contou.
Ela ainda se direcionou às mulheres que passaram pela mesma situação que ela. "Infelizmente vazou, mas é uma coisa que para mim e para meu marido é supernatural. Todo mundo tem fetiche, todo mundo tem seus desejos. É algo muito natural e normal para muitos casais. Quis mostrar para as mulheres que elas não têm que se preocupar com o que o outro está falando", afirmou.
Crime
A Lei 13.718/18, que entra no artigo 218-C do Código Penal, criminaliza a divulgação de cenas de sexo sem consentimento da pessoa envolvida e define o crime como "oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio - inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou telemática -, fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia".
Expor imagens íntimas de terceiros pode ocasionar pena de 1 a 5 anos de prisão, bem como a indenização por danos morais e materiais à vítima.