O ex-jogador Paulo Roberto Falcão quebrou o silêncio e falou pela 1ª vez sobre a acusação de importunação sexual. A manifestação aconteceu após o Tribunal de Justiça de São Paulo acatar a recomendação do Ministério Público e arquivar o inquérito.
Em postagem nas redes sociais, o ídolo do Internacional e da Roma afirmou que ficou um grande período em silêncio por confiar nas investigações e pediu mais reflexão antes da condenação nos julgamentos pessoais.
"De minha parte, foram 77 dias de silêncio, em respeito às autoridades e à investigação, que corria em sigilo. Sempre acreditei que os fatos seriam devidamente esclarecidos. Agora, posso seguir com o meu trabalho, os meus projetos e a minha vida. Espero que esse caso, que despertou tantos ataques precipitados contra mim, contribua para que as pessoas reflitam mais antes de condenar alguém", escreveu.
Falcão ainda agradeceu o apoio das pessoas próximas: "Agradeço à minha família, aos amigos, aos colegas e a todas as pessoas que me enviaram manifestações de apoio e de carinho."
Paulo Roberto Falcão foi acusado por suspeita de importunação sexual no mês de agosto de 2023. O registro foi feito por uma funcionária, de 26 anos, do apart hotel onde mora em Santos, no litoral de São Paulo. Ele era coordenador técnico do Santos desde novembro de 2022, mas deixou o clube no mesmo dia.
Em nota, Falcão afirmou, à época, que deixou o cargo no Santos "em respeito à torcida diante do desempenho do time" e não devido à acusação. O ex-coordenador do clube nega a denúncia, afirmando que a importunação sexual "não aconteceu".
Paulo Roberto Falcão, 69 anos, já foi jogador, comentarista e técnico antes de assumir função de gestão. Ele estreou no futebol pelo Internacional, em 1973. No Inter, foi tricampeão brasileiro, em 1975, 1976 e 1979. Em 1980, Falcão foi para a Roma, da Itália. Ele se aposentou em 1986, quando defendia o São Paulo. Entre 1976 e até sua aposentadoria, o jogador era assíduo nas listas de convocação da seleção brasileira.
*Com informações do Estadão Conteúdo