"Foi uma porrada", diz Giovanna Ewbank sobre enxergar racismo

Ao lado do marido, Bruno Gagliasso, atriz comentou situações enfrentadas com Titi em entrevista ao "Histórias de Famílias" do GNT

18 out 2022 - 17h10
A atriz desabafou sobre o racismo que a filha sofre desde que foi adotada
A atriz desabafou sobre o racismo que a filha sofre desde que foi adotada
Foto: Reprodução/Instagram

Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso participaram da nova série documental do GNT chamada "Histórias de famílias" e desabafaram sobre o racismo que a filha de 9 anos, Titi, costuma sofrer. Após a menina ser adotada e eles voltarem para o Brasil, Titi foi vítima de racismo assim que chegaram ao país.

"Minha filha foi xingada, foi vítima de racismo, com 3 anos. Isso foi muito forte pra gente. A gente tinha acabado de passar por todo esse processo (de adoção). Se demorou um ano e meio e a gente conheceu ela com 1 ano e meio, ela estava com 3 quando chegou aqui. Foi assim que ela chegou. Pra gente foi uma porrada muito grande. Logo depois que a gente chegou e as pessoas descobriram, falaram também: ‘Por que da África, e não do Brasil?’. Isso foi muito forte", disse Bruno.

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Gagliasso também comentou que não compreendia a dimensão do racismo no Brasil antes de adotar Titi. "Eu fui criado de uma maneira para não enxergar isso. Não só não enxergar, mas até de certa forma cutucar, com expressões erradas, não olhando para o outro. Eu sinto muita vergonha de ter que ter tido o meu grande amor passando por isso para enxergar. Isso durante muito tempo me consumia mesmo, eu ficava mal."

Giovanna ainda disse que eles apenas foram enxergar a crueldade do racismo através da filha. "Foi um choque, uma porrada. A gente não achou que fosse como é. A gente imaginava, mas, quando tem alguém que a gente ama que passa, a gente se culpa muito. Por que a gente foi enxergar isso, o quão cruel é, só através da nossa filha, através do amor? É maravilhoso a gente conseguir enxergar isso. (Mas) a gente sente muita culpa. Sente vergonha também às vezes", admitiu.

Fonte: Redação Nós
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