A França, anfitriã das Olimpíadas de 2024, pediu desculpas às pessoas LGBTQIA+ que foram perseguidas durante 40 anos. O discurso partiu do ministro da Justiça, Eric Dupond-Moretti.
“Já é hora de dizer, em nome da República Francesa: perdão. Perdão aos homossexuais da França que sofreram 40 anos de uma repressão completamente injusta”, disse o ministro na Assembleia Nacional, em março deste ano.
Quarenta e dois anos após a descriminalização da homossexualidade, o Parlamento francês começou a avaliar um projeto de lei visando a reparação das pessoas que foram perseguidas entre 1942 e 1982.
Durante aquele período, o Código Penal estabelecia uma idade para o consentimento de relações homossexuais e impunha penas mais severas para atos obscenos públicos entre indivíduos do mesmo sexo.
A iniciativa do projeto de lei veio do senador solcialista Hussein Bourgi, que propôs compensar as pessoas LGBTQIA+ perseguidas com uma indenização de 10 mil euros cada.
Casamento LGBTQIA+ e representatividade
Embora a homossexualidade tenha sido descriminalizada em 1982, o casamento entre pessoas do mesmo sexo só foi legalizado em 2013, 30 anos depois.
Em janeiro, Gabriel Attal, 35 anos, assumiu o cargo de primeiro-ministro, tornando-se o primeiro chefe de governo francês abertamente gay e o mais jovem a ocupar essa posição.