Gabriel Boric, presidente do Chile, negou na segunda-feira, 25, que tenha assediado sexualmente uma mulher. Ele foi denunciado pelo crime, que teria ocorrido há 10 anos.
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"O presidente [...] rejeita e desmente categoricamente a denúncia de um suposto fato ocorrido em 2013, quando tinha 27 anos e havia recém-concluído seus estudos de Direito", declarou o advogado Jonatan Valenzuela, responsável pela defesa do presidente do Chile, em informe divulgado para a imprensa.
A denúncia contra Gabriel Boric foi registrada no último dia 6 de setembro de 2024 na Procuradoria Regional de Magallanes, região localizada no extremo Sul do Chile, onde Boric nasceu e foi criado.
Aos veículos locais, o chefe do Ministério Público da região, Cristián Crisosto, confirmou que a divisão está investigando o caso, mas não deu mais detalhes. "Uma equipe especial do Ministério Público está encarregada da investigação", comentou ele, citando que o inquérito está correndo sob sigilo da Justiça.
Conforme Jonatan Valenzuela, a denúncia foi registrada por uma mulher que, há 10 anos, enviou 25 e-mails para Boric, um deles continha imagens explícitas, considerado 'não solicitado e nem consentido'.
"Dez anos depois, a mulher apresentou uma denúncia sem qualquer fundamento contra o agora presidente Gabriel Boric. Meu cliente jamais teve relação afetiva ou de amizade com ela e não tem comunicação com essa pessoa desde julho de 2014", acrescentou Valenzuela.
Gabriel Boric, que encerra seu mandato em 2026 e não terá direito à reeleição, tem foro privilegiado. Agora, a Justiça investiga o caso para entender se haverá processo de cassação ou não.
Durante seu período de campanha eleitoral, em 2021, o mandatário também foi acusado de assédio. Ele negou na época e a denúncia foi arquivada.