A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) declarou, sem hesitar, que a responsabilidade do genocídio do povo Yanomami é de Jair Bolsonaro (PL). Dados divulgados neste sábado, 21, apontam que nos últimos quatro anos 570 crianças morreram de desnutrição na Terra Indígena Yanomami.
"Um povo ancestral está sendo dizimado porque 21 ofícios denunciando a tragédia e pedindo ajuda foram ignorados pelo governo anterior", disse Dilma, em uma sequência de publicações no Twitter. "O genocídio Yanomami tem provas - 570 crianças desta etnia morreram de fome e de contaminação por mercúrio. Tem motivação - a cobiça de garimpeiros que invadiram suas terras. E tem autor - Jair Bolsonaro, que defendeu a invasão e negou assistência médica aos indígenas".
Por causa da crise sanitária no território indígena em Roraima, foi declarada situação de emergência de saúde pública e um gabinete de crise foi criado para contornar a situação. No sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve no estado, acompanhando da ministra Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e dos ministros Flávio Dino (Justiça) e Silvio Almeida (Direitos Humanos).
Foi preciso que Lula, um presidente da República humano, sério e ciente de seus deveres, visitasse um hospital indígena de Roraima para que viesse à luz em todo o seu horror a catástrofe humanitária a que estão sendo submetidos os Yanomami. (Segue o fio)
— Dilma Rousseff (@dilmabr) January 22, 2023
Na ocasião, Lula prometeu dar dignidade aos yanomami e acabar com o garimpo ilegal, prática que destrui a floresta e expõe os indígenas à violência e a doenças dos invasores.
"Não vai mais existir garimpo ilegal. Eu sei que já se tentou tirar e que eles voltam, mas vamos tirar", disse o presidente, que preferiu não estipular prazos.