Nesta segunda-feira, 31, a Globoplay disponibilizou a novela "A Lua me Disse", de Miguel Falabella, em sua plataforma de streaming e, com isso, criou um aviso para alertar sobre as representações raciais da novela, que enfrentou acusações de racismo em 2005.
"Essa obra pode conter representações negativas e estereótipos da época em que foi realizada. A obra é exibida na íntegra porque acreditamos que essas cenas podem contribuir para o debate sobre um futuro mais diverso e inclusivo", diz o aviso.
A novela foi acusada de racismo por causa das personagens Latoya e Whitney, interpretadas por Zezeh Barbosa e Mary Sheyla, duas irmãs negras que faziam de tudo para negar sua negritude, como alisar o cabelo e usar pregador de roupa para "afinar" o nariz.
Ainda em "A Lua me Disse", uma personagem indígena era humilhada no trabalho. Isso fez o Ministério Público pedir que cenas de constrangimento envolvendo a personagem não fossem mais exibidas. A Globoplay já vinha utilizando avisos como esse em algumas de suas produções, como na novela "Dancin Days", que alertava que a "obra reproduz comportamentos e costumes da época em que foi realizada".
"A plataforma não só investe na melhoria da resolução deste material, como também entende que ele deve ser resgatado em sua integralidade, sempre que possível. Cartelas de contexto de época são utilizadas para lembrar que as obras de acervo reproduzem costumes e comportamentos do tempo em que foram realizadas", informou a assessoria do Globoplay, segundo a Folha de S. Paulo.