O Conselho Tutelar de Anápolis (GO) transferiu a filha dos influenciadores Igor Viana, de 24 anos, e Ana Santi, de 22, para a casa dos avós paternos da criança. A decisão ocorre em paralelo à investigação da Polícia Civil, após Viana ser denunciado por maus-tratos contra a menina de 2 anos, que tem paralisia cerebral.
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A criança foi resgatada na última segunda-feira, 24, após o pai ser denunciado por exposição da filha. A ação foi acompanhada por policiais militares e uma conselheira tutelar. A medida protetiva foi usada para o resguardo da menina contra os abusos, informou o Conselho Tutelar ao O Globo.
Segundo o órgão, os pais foram orientados a não se aproximarem da criança até que o caso fosse avaliado por um juiz. A avó da menina, que também costumava compartilhar a rotina e a evolução do quadro clínico da neta, também recebeu orientação para se abster de publicar a imagem da menina na web.
"O conteúdo não era problemático, não havia agressões, mas ela foi orientada que não pode usar a imagem da Sofia nas redes. Estamos enviando o relatório para Justiça com todo o material recolhido, para que o juiz analise o caso e decida o futuro da menina", informou Grazielle Ramos, do Conselho Tutelar.
O Terra tenta contato com a defesa do casal de influenciadores. O espaço segue aberto para manifestação.
Polícia investiga maus-tratos e desvio de doações
A Polícia Civil de Goiás abriu inquérito para investigar os influenciadores Igor Viana e Ana Santi por uma série de supostos crimes contra a filha de 2 anos. As informações foram confirmadas pela delegada Aline Lopes, da DPCA Anápolis, ao Terra.
As investigações começaram no fim da semana passada após uma série de acusações contra o casal. Em vídeos publicados nas redes sociais, eles compartilhavam a rotina da criança e, em algumas oportunidades, o rapaz chegava a debochar da menina.
Segundo as denúncias, os influenciadores estariam se aproveitando da condição da filha para arrecadar e desviar dinheiro dos seguidores. As suspeitas envolvem possíveis crimes de maus-tratos, estelionato, incitação à descriminação de pessoa deficiente e, também, desvio dos valores.
As autoridades agora buscam confirmar a veracidade das denúncias e também descobrir outras informações como o montante arrecadado e o destino do dinheiro.
Ainda segundo Aline Lopes, os genitores têm feito postagens nas redes sociais, principalmente o pai. Igor Viana “informou que não postaria mais fotos da criança nas redes sociais, mas que cobraria por essas imagens postando a rotina da criança em um grupo por assinatura”.