Grécia tem dia histórico e legaliza casamento entre pessoas do mesmo sexo

Com a aprovação, o país se torna o 37º do mundo e o 17º da União Europeia a também legalizar a adoção de crianças por casais homoafetivos

16 fev 2024 - 08h43
(atualizado às 09h39)
A lei dá aos casais formados por pessoas do mesmo sexo o direito de casar e adotar crianças
A lei dá aos casais formados por pessoas do mesmo sexo o direito de casar e adotar crianças
Foto: Canva Fotos / Perfil Brasil

O parlamento da Grécia aprovou nesta quinta-feira (15) um projeto de lei que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.

Ativistas LGBTQIA+ gregos consideram a aprovação como uma vitória histórica para os direitos civis no país.

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O projeto de lei obteve 176 votos a favor, 76 contra e ainda duas abstenções; o parlamento grego tem 300 assentos. Quando o diário oficial do governo publicar a decisão, o projeto, então, se torna lei.

A lei dá aos casais formados por pessoas do mesmo sexo o direito de casar e adotar crianças.

A comunidade LGBTQIA+ fez campanhas por décadas para conseguir aprovar o tema. A Grécia é tida como um país socialmente conservador: é uma nação de maioria cristã ortodoxa.

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A Igreja Ortodoxa, que acredita que a homossexualidade é um pecado, é completamente contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo: o casamento homoafetivo.

Antes mesmo da votação, uma pesquisa de opinião realizada com os moradores apontava que a maioria apoiava a reforma.

Na abertura do debate de dois dias, nessa quarta-feira (14), o ministro de Estado Akis Skertsos argumentou que a maioria dos gregos já aceita a ideia de casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

Skertsos disse, portanto, que "não estamos decidindo sobre mudanças nesta câmara". Ou seja, "já aconteceu... A sociedade muda e se desenvolve sem exigir a permissão do parlamento".

Embora membros do partido de centro-direita Nova Democracia, do primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis, tenham se abstido ou votado contra o projeto de lei, ele, contudo, ganhou apoio suficiente da oposição de esquerda, em um raro exemplo de unidade entre partidos, apesar do debate acalorado.

Com a aprovação, a Grécia se torna o 37º país do mundo e o 17º da União Europeia a também legalizar a adoção de crianças por casais homoafetivos.

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