Hamilton revela traumas e racismo sofrido na infância: 'Atiravam bananas em mim'

Em entrevista ao podcast 'On Purpose with Jay Shetty', Hamilton relembra primeiros momentos no Reino Unido e bullying

24 jan 2023 - 13h28
(atualizado às 13h37)
Hamilton relembrou racismo vivido nos primeiros anos da infância
Hamilton relembrou racismo vivido nos primeiros anos da infância
Foto: Reuters

Sete vezes campeão mundial de Fórmula 1, Lewis Hamilton revelou traumas que sofreu durante sua infância na escola, com insultos racistas e humilhações. Segundo o piloto, este período foi "o mais traumático" de sua vida, no qual recebeu diversos xingamentos e bananas foram jogadas em sua direção.

Em entrevista ao podcast On Purpose with Jay Shetty, transmitido nesta segunda-feira e popular no Reino Unido, o piloto de 38 anos deu detalhes de sua infância. Nascido em Stevenage, pequena cidade localizada no condado de Hertfordshire, Hamilton contou detalhes de seus primeiros anos da infância.

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"Eu já sofria bullying aos seis anos de idade. Naquela escola em particular, eu era uma das três crianças negras, e e muitas vezes sofria bullying de meninos mais velhos e fortes", revela o piloto. "Golpes constantes, atiravam coisas em mim, como bananas, pessoas te chamando de mestiço, e não sabia onde era o meu lugar. Isso para mim foi difícil."

"Não tinha vontade de ir para casa e explicar aos meus pais que eu havia sofrido bullying ou havia sido espancado na escola. Não queria que meu pai pensasse que não era forte", diz o piloto. Atualmente, Hamilton é o único piloto negro na Fórmula 1. Em 2021, fundou a instituição Mission 44, para promover a inclusão social de negros no automobilismo, e já se posicionou contra o racismo dentro do esporte nos últimos anos.

Hamilton está em sua 17ª temporada na Fórmula 1, Hamilton possui mais 1 ano de contrato com a Mercedes, mas pode renovar seu contrato. Na mesma entrevista, o piloto revelou que vê dificuldades para parar de correr.

"Eu faço isso há 30 anos. Quando você parar, o que vai acontecer para combinar com isso? Nada se compara a estar em um autódromo, estar em uma corrida, estar no auge do esporte e estar à frente do grid ou passar por aquela emoção que sinto", afirma. "Quando eu parar, haverá um grande buraco (na minha vida), então estou tentando me concentrar e encontrar coisas que possam substituir isso e ser igualmente gratificantes."

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