Homem é barrado de usar banheiro masculino em festival: “Violentado com frases transfóbicas”

Luan Palermo tem 37 anos e a situação aconteceu no Santos Jazz Festival

31 jul 2024 - 11h34
Segurança disse que estava "seguindo ordens" ao barrar Luan de usar o banheiro
Segurança disse que estava "seguindo ordens" ao barrar Luan de usar o banheiro
Foto: Reprodução: Instagram/luan__palermo

Durante o Santos Jazz Festival, realizado em Santos (SP), o gerente de restaurante Luan Palermo, um homem transmasculino de 37 anos, foi barrado por um segurança ao tentar utilizar o banheiro masculino. A situação aconteceu na última sexta-feira, 26.

Apesar de se identificar como um homem trans, Luan foi impedido pelo segurança, que afirmou estar seguindo ordens para bloquear o acesso de “mulheres se passando por homens”.

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A namorada de Luan conversou com uma funcionária da Secretaria de Cultura para relatar o ocorrido, mas a funcionária informou que estavam apenas seguindo as ordens estabelecidas.

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“A funcionária da Secretaria disse sentir muito que eu tivesse passado por isso, mas que era uma ordem que eles estavam seguindo. Foi quando entendi de onde havia vindo essa ordem. Nesse momento, me calei, pois já tinha sido extremamente violentado com frases transfóbicas”, disse Luan ao UOL.

Luan registrou um boletim de ocorrência e declarou que tomará todas as medidas legais, jurídicas e administrativas necessárias para resolver a situação.

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Manifestações

O primeiro comunicado do Santos Jazz Festival foi postado no dia 27 de julho. “Queremos pedir desculpas ao Luan Palermo por essa experiência. Não cabem justificativas: essa não é uma atitude que faz parte do DNA do evento. Estamos apurando todos os detalhes do ocorrido, visando reparar e reorientar nosso time para que situações como essa não ocorram novamente”, escreveram.

Na nota oficial pós-evento, o festival comentou que o Santos Jazz destacou-se por oferecer música de qualidade de forma gratuita e por promover a discussão de diversos temas, “com o objetivo de reforçar a luta pelo respeito e diversidade em todas as suas esferas, condenando toda e qualquer manifestação preconceituosa ou discriminatória”.

Fonte: Redação Nós
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