Influencer trans é criticada por trabalhar como babá: "Para a sociedade, eu não sou capaz de cuidar de um bebê"

A brasileira Suellen Carey rebate críticas e fala sobre oportunidade de emprego para pessoas trans

6 dez 2023 - 11h29
Influenciadora é alvo de transfobia por ser uma mulher trans e trabalhar como babá
Influenciadora é alvo de transfobia por ser uma mulher trans e trabalhar como babá
Foto: Reprodução/Instagram/suellencarey.uk

A influenciadora brasileira Suellen Carey, de 36 anos, é modelo e trabalha como babá para complementar a renda financeira. Ela foi alvo de comentários transfóbicos por atuar como cuidadora de crianças na Inglaterra, onde mora atualmente. 

"Sempre que posto um vídeo sobre a minha rotina como babá sofro transfobia nas redes, eu faço isso para complementar a minha renda e é um trabalho honesto. Tenho orgulho de dizer que sou babá, mas a enxurrada de mensagens preconceituosas que recebo chega a ser desoladoras. É triste demais", desabafou no Instagram. 

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Por causa das críticas que recebe através da internet quando publica parte da sua rotina como babá, Suellen decidiu se pronunciar em vídeo publicado em seu perfil. A modelo diz que também já foi questionada sobre sua capacidade como babá enquanto passeava com a criança. "Para a sociedade, eu não sou capaz de cuidar de um bebê".

Apesar dos comentários e olhares preconceituosos que recebe por ser uma babá transexual, Suellen afirma que criou um escudo contra este preconceito. "Com o tempo, passei a ficar cada vez mais forte ao receber essas críticas porque aprendi a criar um escudo contra elas e coloco para fora todo o amor que há dentro de mim. Nós, mulheres trans, precisamos ter cada vez mais oportunidades de trabalho e, é claro, sermos tratadas com respeito", completou em post. 

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A influencer aproveitou o espaço para falar do preconceito com pessoas trans e a importância de oportunidades de trabalho sem transfobia. "Nós [pessoas trans] somos capazes de várias coisas: de ser babá, ser empresária, ser modelo. O que precisamos é de oportunidade porque capacidade nós temos como qualquer outra pessoa. A sociedade preconceituosa acha que não temos direito a nada, nem a um trabalho", disse em vídeo. 

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Fonte: Redação Nós
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