A ordem católica jesuíta disse que disciplinou um proeminente padre e artista que supostamente abusou sexual e psicologicamente de freiras em sua terra natal, a Eslovênia, três décadas atrás.
Os jesuítas emitiram um comunicado sobre o padre Marko Ivan Rupnik após relatos da mídia italiana na semana passada de que várias freiras o acusaram de abuso no início dos anos 1990, quando ele era seu diretor espiritual em um convento na Eslovênia.
Rupnik enfrenta restrições, incluindo a de não ter permissão para ouvir confissões ou presidir cerimônias espirituais.
O padre é bem conhecido na Igreja como um mestre de mosaicos que projetou capelas em todo o mundo, incluindo uma no Vaticano e no Santuário Nacional de São João Paulo 2º em Washington.
O comunicado da sede jesuíta em Roma disse que a ordem realizou uma investigação sobre Rupnik depois que o departamento doutrinário do Vaticano recebeu uma denúncia no ano passado sobre "o método pelo qual ele realizou seu ministério".
Não foram dados detalhes sobre as alegações, exceto para dizer que nenhum menor estava envolvido.
A ordem entregou os resultados da investigação ao Vaticano, que decidiu que os "fatos em questão" estavam além do estatuto de limitações e encerrou a investigação em outubro, disse o comunicado.
As tentativas de entrar em contato com Rupnik em sua escola de arte religiosa em Roma não obtiveram retorno.
O comunicado jesuíta disse que a ordem impôs as restrições a Rupnik quando a investigação começou no ano passado, e a ordem decidiu mantê-las em vigor apesar de o Vaticano encerrar o caso.
O comunicado não fez nenhuma menção às alegações específicas feitas pelas freiras nas reportagens da imprensa italiana.