O Real Madrid revelou nesta quarta-feira que obteve uma nova vitória na Justiça num caso de racismo que tinha o atacante Vinícius Júnior e o zagueiro Antonio Rüdiger como alvos. Trata-se da segunda decisão deste tipo favorável ao clube espanhol. E, pela primeira vez, o processo judicial teve origem em ofensas discriminatórias feitas na internet.
De acordo com o clube madrilenho, a pessoa condenada, cujo nome não foi revelado, usava diferentes pseudônimos na versão digital do conhecido jornal espanhol Marca para fazer comentários negativos, ataques e até insultos racistas contra o jogador brasileiro e o alemão.
Ainda segundo o Real, o réu foi declarado culpado de dois crimes, contra a integridade moral de Vini Jr. e de Rüdiger, agravados por motivações racistas. No caso do zagueiro, houve ainda um outro agravante porque alguns comentários envolviam sua religião.
O juiz responsável pelo caso decretou a prisão do condenado por um período de oito meses - ele também não poderá participar dos foros online do jornal por 20 meses. A pena, contudo, ficou suspensa porque o réu aceitou participar de um programa de educação sobre igualdade e não discriminação.
Trata-se da segunda condenação aplicada pela Justiça espanhola em casos de racismo contra o atacante da seleção brasileira. E o primeiro por comentários feitos de forma online. Em junho, três espanhóis foram condenados a oito meses de prisão por ofensas racistas a Vini Jr., na primeira decisão do tipo na história da Justiça espanhola.
O trio havia sido julgado por terem feitos os ataques ao brasileiro durante partida do Real Madrid contra o Valencia, pelo Campeonato Espanhol. Os torcedores do Valência também foram proibidos de entrar em qualquer estádio do país por um período de dois anos.
"O Real Madrid, que exerceu junto com Vinícius Júnior a acusação particular no procedimento, seguirá trabalhando para proteger os valores do nosso clube e erradicar qualquer comportamento racista no mundo do futebol e do esporte", registrou o clube espanhol.