A cantora IZA definitivamente está boa compania ao se juntar à Rihanna, Alicia Keys, Angélique Kidjo, Janelle Monae e Beyoncé na lista de mulheres negras que se apresentaram no palco Mundo no domingo (4). A apresentação, aliás, traz um feito inédito: ela foi a primeira artista brasileira negra a subir ao palco principal do evento desde a primeira edição, em 1985.
Durante a apresentação, a rainha dos hits "Ginga", "Dona de Mim" e "Fé" se emocionou, assim como o público, ao chamar ao palco a mãe, Isabel Cristina, para tocar piano e performar a canção "No Woman No Cry". A professora de música ainda, literalmente, fez a coroação da filha, em um momento potente e muito simbólico.
IZA já havia participado do evento outras vezes: em 2011, como público, e em 2017 como artista ao lado de CeeLo Green, no palco Sunset. Já em 2019, se tornou atração principal do mesmo palco e convidou Alcione para dividir a apresentação.
Reservado, em geral, a artistas internacionais, o palco Mundo também deu pouco espaço para mulheres brasileiras como um todo ao longo das décadas. Se apresentaram em nove edições do evento apenas Rita Lee, Baby do Brasil (com Pepeu Gomes), Paula Toller (com a banda Kid Abelha), Elba Ramalho, Daniela Mercury, Cássia Eller, Fernanda Takai (com a banda Pato Fu) , Sandy (com Junior), Claudia Leitte, Pitty e Anitta. Em 2013 e 2017, Ivete foi a única mulher no palco principal. Em 2015, não houve nenhuma representante feminina do Brasil.