Janja diz que é atacada nas redes sociais e defende criminalizar postagens de ódio

Primeira-dama relatou que tem sofrido ataques com teor misógino nas plataformas digitais desde o início do governo do presidente Lula

26 out 2023 - 12h43
(atualizado às 13h53)
Janja participa do lançamento da ação Brasil sem Misoginia ao lado de mulheres que integram o governo federal, lideranças estaduais e representantes da sociedade civil
Janja participa do lançamento da ação Brasil sem Misoginia ao lado de mulheres que integram o governo federal, lideranças estaduais e representantes da sociedade civil
Foto: Claudio Kbene/PR

A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, criticou nesta quarta-feira, 25, os ataques que têm sofrido nas redes sociais com teor misógino desde o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendeu a criminalização de postagens com discurso de ódio nas plataformas digitais.

10 frases machistas que as mulheres ainda ouvem 10 frases machistas que as mulheres ainda ouvem

Publicidade

"Eu sei muito bem o que eu tenho sofrido nesses meses de governo, com os ataques nas redes sociais, com a exposição do meu corpo, com fotos falsas, com agressões. Então, fico muito feliz que são duas mulheres que estão representando aqui o Google e o Facebook. E a gente vai cobrar vocês. A gente vai cobrar vocês para que esses ataques nas redes sociais sejam criminalizados e essas contas sejam excluídas", disse durante a cerimônia de lançamento da inciativa Brasil sem Misoginia, do Ministério das Mulheres nesta quarta.

De acordo com Janja, é no ambiente digital que ocorrem "as maiores violências" em relação aos ataque às mulheres com teor misógino. A primeira-dama afirmou que as plataformas digitais precisam ser cobradas para que os ataques sejam criminalizados e as contas exclui´das.

"Temos muitas outras coisas para fazer pelo governo, mas isso é importante e é por isso que a gente está aqui. A gente quer que os homens estejam com a gente nessa caminhada, eles também precisam falar sobre isso. É impossível que hoje, no século 21, a gente ainda tenha que ficar falando sobre isso, tenha que olhar no rosto de um homem e dizer 'cara, se toque. Não faça violência, não agrida. Não vai na rede social compartilhar foto que não é verdadeira de uma mulher'", disse.

A campanha Brasil sem Misoginia, do Ministério das Mulheres, desenvolverá ações com Google, Meta (controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp) e YouTube para combater o discurso de ódio e a exposição, por meio da divulgação de fotos íntimas e falsas, de mulheres nas redes sociais.

Publicidade

Dados da organização não governamental (ONG) Safernet mostram que denúncias de discurso de ódio contra as mulheres aumentaram 251% na internet em 2022, contra alta de 61% em denúncias de discurso de ódio de outras naturezas.

O Ministério das Mulheres lançou a campanha Brasil sem Misoginia com o objetivo de mobilizar a sociedade para o combate ao ódio e à discriminação e violência contra a mulher. Foram assinados mais de 100 acordos de adesão à campanha, envolvendo empresas, governos estaduais, movimentos sociais, sindicatos, times de futebol, torcidas organizadas e entidades culturais, educacionais e religiosas.

NÓS Explicamos: você sabe o que é misoginia?
Video Player
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações