Jeff Bezos, o fundador da Amazon, está sendo processado por racismo e jornadas exaustivas pela ex-governanta. Ela afirma ter sofrido racismo da equipe de Bezos por ser hispânica e que era submetida a longas jornadas de trabalho, sem pausas para refeições ou descanso.
Mercedes Wedaa trabalhou para a equipe de Jeff Bezos em setembro de 2019 e era responsável por supervisionar uma equipe de cinco a seis empregadas domésticas, com jornadas que variavam de 10 a 14 horas por dia.
A equipe de Mercedes não tinha horário de descanso determinado e nem banheiros de fácil acesso. As empregadas comiam na lavanderia e eram proibidas de usar o banheiro mais próximo, que ficava na sala de segurança, tendo que sair por uma janela para ter acesso a outro banheiro.
Um dos funcionários de Bezos que gerenciava a equipe de empregadas domésticas ficou agressivo e abusivo com Wedaa, tratando ela e as outras funcionárias de origem hispânica de maneira diferente do que os empregados brancos.
Patrick McGuigan, advogado de Wedaa, está pedindo o pagamento retroativo de salários e benefícios, além de uma indenização por danos morais. "As leis trabalhistas determinam que os trabalhadores precisam ser pagos pelos serviços que prestam e precisam ter condições de trabalho seguras e saudáveis", disse o advogado.
Harry Korrell, advogado que representa Bezos e os outros acusados por Wedaa, negou as acusações: “Nós investigamos essas queixas e elas eram sem fundamentos, vamos nos defender contra essas acusações”.