Joana Sanz, ex-mulher de Daniel Alves, compartilhou nas redes sociais, nesta terça-feira, ameaças que vem recebendo desde que o jogador foi preso sob a acusação de estuprar uma mulher de 23 anos em uma boate de Barcelona. A modelo e empresária espanhola de 31 anos publicou prints dos ataques nos stories de seu Instagram. As ofensas foram escritas tanto em espanhol quanto em português.
Nas mensagens, Joana Sanz é chamada de "sem caráter" e "sem princípios", além de ser culpabilizada por continuar publicando fotos e vídeos viajando e festejando com amigos depois da prisão de Daniel Alves. Ela está em processo de divórcio com Daniel Alves.
"Sigo tendo que lidar com isso", escreveu Joana antes de mostrar aos seguidores algumas das ofensas recebidas por ela. "Você vai morrer, vadia. A gente te encontra em qualquer lugar, vadia. Você tira sarro do seu marido depois que dele pede desculpas a você. Estamos autorizados a te matar", diz uma mensagem. "Você se vende por dinheiro, é uma péssima pessoa, merece o pior", diz outra.
Joana Sanz está buscando um momento de paz após um período de caos em sua vida. Nos últimos meses, a mãe de Joana morreu após longo tratamento contra um tumor. Além disso, a modelo rompeu a relação de 7 anos com Daniel Alves, depois que o jogador foi preso acusado de estupro, na Espanha. Apesar de não ter se divorciado legalmente, em março, a modelo anunciou a separação pelas redes sociais.
Em entrevista recente para o jornal La Vanguardia, Daniel Alves afirmou que ainda tem esperanças de reatar o relacionamento. Ele negou a acusação de estupro e diz que só deve desculpas a Joana Sanz. Segundo a imprensa espanhola, Daniel Alves irá prestar contas à Justiça da Espanha entre outubro e novembro deste ano, quando o processo deverá ser julgado. O brasileiro já entrou com três recursos para responder em liberdade à suspeita de estupro. A Justiça espanhola negou todas as solicitações entendendo que ele poderia deixar o país e voltar ao Brasil, como aconteceu com Robinho na Itália pelo mesmo motivo.
Entenda o caso de Daniel Alves
Daniel Alves teve a prisão decretada no dia 20 de janeiro. Ele foi detido ao prestar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de dezembro. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 40 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção. O Pumas, do México, rescindiu o contrato com o jogador no mesmo dia alegando "justa causa".
A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona, na Espanha. O atleta, que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria trancado, agredido e estuprado a denunciante em um banheiro da área VIP da casa noturna. A denunciante procurou as amigas e os seguranças da balada depois do ocorrido. Material coletado encontrou vestígios de sêmen, tanto internamente quanto no vestido da denunciante.
A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d'Esquadra), que colheu depoimento da vítima. Uma câmera usada na farda de um policial gravou acidentalmente a primeira versão da vítima sobre o caso, corroborando o que foi dito por ela no depoimento oficial. A mulher também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.
Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público do país pedir a prisão e a juíza aceitar. No início de janeiro, o jogador deu entrevista ao programa "Y Ahora Sonsoles", da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma boate que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia.