Guilherme Quintino, jogador do Volta Redonda, afirmou nesta semana, por meio de suas redes sociais, que foi vítima de racismo durante uma visita à uma loja de roupas da Zara, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O episódio aconteceu no último domingo, 18.
Guilherme denunciou a loja e o caso foi registrado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). De acordo com o jogador, ele foi impedido de deixar o estabelecimento sem antes mostrar o que levava em sua bolsa. Além disso, foi obrigado a mostrar onde estariam os itens que desistiu de comprar.
"Sofri ato de racismo na loja da Zara no Barra Shopping. Saindo da loja de mãos vazias, sem nenhuma sacola, o segurança me fez retornar com minha namorada para mostrar onde eu havia deixado a ecobag da loja e o local onde eu havia deixado as peças que desisti de comprar", escreveu o jogador no vídeo, gravado pela sua namorada, Juliana Ferreira, e publicado nas redes sociais.
"Quando minha namorada perguntou o porquê (sobre mostrar a sua bolsa), todo mundo se omitiu a responder o motivo do fato. Ato racista, repugnante, não passarão", continuou. Além do Volta Redonda, o meia tem passagens pelas categorias de base do Flamengo e do Botafogo na sua carreira.
Imagens de câmeras de segurança e a lista dos funcionários que estavam trabalhando no momento da abordagem já foram solicitadas, segundo informou o portal G1. A abordagem durou cerca de 40 minutos.
Em nota, a Zara afirmou que não admite qualquer tipo de discrimianção e que está apurando o ocorrido, reiterando que a abordagem não prática da companhia nem reflete seu posicionamento e valores. O Barra Shopping também afirmou que repudia quaisquer atos de discriminação.