A atacante Jennifer Hermoso rompeu o silencio e se pronunciou pela primeira vez após ser beijada à força pelo presidente da Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales, durante a cerimônia de premiação da Copa do Mundo feminina.
Em nota publicada nesta quarta-feira, 23, a camisa 10 afirmou que o sindicato espanhol e sua agência irão representá-la sobre o assunto: "O meu sindicato FUTPRO, em coordenação com a minha agência TMJ, encarregam-se de defender os meus interesses e ser os interlocutores nesta matéria".
No pronunciamento, condenou a atitude de Rubiales, afirmou que a conduta "atentou contra a dignidade das mulheres" e ainda exigiu "medidas exemplares" contra o dirigente espanhol.
Puedes leer el comunicado oficial aqui: pic.twitter.com/6RmJSHga9L
— FUTPRO (@futpro_es) August 23, 2023
"Pedimos à RFEF que implemente os protocolos necessários, garanta os direitos das nossas jogadoras e adote medidas exemplares. É fundamental que a nossa equipe, atual campeã do mundo, seja sempre representada por figuras que projetem valores de igualdade e respeito em todas as áreas."
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Luis Rubiales: quem é o presidente da Federação Espanhola que beijou jogadora
Em um trecho da carta, o sindicato pede apoio na prevenção e intervenção contra assédios e machismo: "É preciso continuar avançando na luta pela igualdade, luta que nossas jogadoras têm travado com determinação, levando-nos à posição em que nos encontramos hoje. Apelamos ainda ao Conselho Superior do Desporto para que, no âmbito das suas competências, apoie e promova ativamente a prevenção e intervenção face ao assédio ou abuso sexual, machismo e sexismo".
O beijo ocorreu no último domingo, 20, durante a final da Copa do Mundo Feminina. A imagem gerou repercussão na internet e ganhou intensidade após Hermoso afirmar durante live no Instagram que não havia gostado. “Não gostei, mas o que posso fazer?”.
Desde então, autoridades repudiaram a atitude de Rubiales e cobraram um posicionamento da Federação. O presidente se desculpou por meio de um vídeo, mas internautas exigem a demissão do comandante.
