As Olimpíadas de Paris terá a presença de atletas LGBTQIA+ de diversos países e paridade de gênero nas vagas do evento esportivo, sendo 5.250 homens e 5.250 mulheres.
As Olimpíadas de Paris 2024, que serão realizadas de 26 de julho a 11 de agosto, prometem ser um marco na história do esporte, destacando-se pela diversidade e inclusão. O evento, que carrega consigo uma longa tradição de unir nações através do esporte, está caminhando para garantir respeito total pelos direitos humanos e inclusão no esporte.
Diversidade nos Jogos Olímpicos 2024
Nas Olimpíadas deste ano, o número de atletas mulheres da delegação brasileira é um exemplo desta diversidade. Ao todo, 277 atletas vão aos jogos, sendo 153 deles mulheres, representando 55% da delegação.
O evento esportivo também terá uma Casa do Orgulho, que oferecerá um espaço físico inclusivo e acolhedor. A iniciativa, realizada em parceria com a Associação Fier-Play e Paris 2024, visa combater a discriminação e diminuir a invisibilidade das pessoas LGBTQIA+ no esporte.
50/50 de participação de mulheres e homens
Além disso, Paris 2024 marcará a primeira edição dos Jogos Olímpicos com uma distribuição igual de vagas entre homens e mulheres. Dos 10.500 atletas que irão competir, 5.250 serão homens e 5.250 serão mulheres, segundo o Comitê Olímpico Internacional.
Mais da metade das provas em Paris 2024 contará com participação feminina. Ao todo, serão 152 disputas femininas, 157 masculinas e 20 mistas, ou seja, com homens e mulheres.
Na última vez que Paris recebeu as Olimpíadas, em 1924, apenas 135 mulheres entre 3.089 atletas puderam representar seus países. Na época, elas eram apenas 4,3% do total de participantes. A autorização para as primeiras mulheres competirem em Jogos Olímpicos só foi dada em 1900.
Pessoas LGBTQIA+ na disputa por seus países
Um outro ponto de destaque nas Olimpíadas de Paris será a presença de atletas LGBTQIA+ em várias modalidades. A inclusão e visibilidade de atletas da comunidade nos Jogos Olímpicos têm crescido significativamente nas últimas edições. Em Tóquio 2020, por exemplo, cerca de 186 atletas da comunidade participaram da competição, segundo um levantamento do portal Outsports.
Este ano, atletas como Nikki Hiltz estão levando representatividade para a capital francesa. Nikki, que usa os pronomes “they/them” (elu/delu na linguagem neutra em português), será a primeira pessoa trans não-binária a representar os EUA nas Olimpíadas.
“É maior do que eu. É o último dia do Mês do Orgulho. Queria correr pela minha comunidade. A todos os meus amigos LGBT, vocês me trouxeram pelas últimas centenas de metros. Eu podia sentir o amor e o apoio”, disse à NBC após conseguir a qualificação para Paris 2024, em 30 de junho.
Em relação aos atletas brasileiros, Nicolas Albiero, 24 anos, mais conhecido como Nick, é o primeiro nadador brasileiro abertamente gay a competir em uma Olimpíada. A jogadora de vôlei Rosamaria Montibeller também estará nas Olimpíadas de Paris. Ela revelou recentemente que a namorada estará torcendo por ela nas arquibancadas da competição.