Layze Stephanie Gonzaga Ramalho da Silva, 22 anos, morreu na madrugada desta terça-feira, 20, após ser encontrada em chamas às margens da rodovia BR-040, na altura de Pedro Leopoldo, na Grande BH, em Minas Gerais. Ela foi sequestrada, espancada e esfaqueada por criminosos. Um caminhoneiro a encontrou e acionou o socorro.
Uma jovem de 22 anos morreu na madrugada desta terça-feira, 20, após ser encontrada em chamas às margens da rodovia BR-040, na altura de Pedro Leopoldo, na Grande BH, em Minas Gerais. Layze Stephanie Gonzaga Ramalho da Silva teria sido sequestrada, espancada e esfaqueada por criminosos. Um homem foi preso.
De acordo com a Globo Minas, no último dia 11, durante o carnaval, ela apresentou para a família um homem, dizendo que ele era seu namorado. No dia seguinte, familiares passaram a receber mensagens de áudios com diversas ameaças, dizendo que a jovem estava sob cárcere privado e pedindo R$ 30 mil pelo resgate.
A família procurou a polícia, relatando a situação e mostrou um print tirado de uma chamada de vídeo, na qual a vítima aparece apanhando. Na foto, é possível ver um dos suspeitos do crime.
"Durante o domingo e segunda-feira, foram vários áudios, ligações de vídeo, inclusive em uma das ligações, a família conseguiu tirar um print, que inclusive facilitou a identificação do autor. A jovem já aparecia com o rosto muito machucado. Ele havia exigido a todo momento, uma quantia de R$ 30 mil, que segundo esse indivíduo preso, seria uma dívida dela com os traficantes”, informou o sargento da PM Ismar Governo.
A partir da denúncia, a polícia passou a fazer buscas por Layze, mas ela ainda não havia sido encontrada. Na noite desta segunda, por volta das 22h, um caminhoneiro a encontrou às margens da rodovia, com o corpo em chamas e pedindo por ajuda. O homem parou, prestou socorro, e acionou a Polícia Militar e a ambulância da concessionária.
A jovem foi socorrida com 80% do corpo queimado e foi encaminhada para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, mas morreu durante a madrugada. Antes de perder a consciência, a vítima contou aos policiais dois nomes, que seriam os responsáveis pelo sequestro.
Segundo o sargento, a família recebeu uma chave Pix para fazer o pagamento do valor pedido pelos criminosos, mas não conseguiu levantar o dinheiro. A chave era de uma mulher, que foi identificada e encontrada no bairro Pindorama. Ela prestou esclarecimentos à polícia e afirmou que foi obrigada pelo autor a passar essa chave para que ele usasse a conta para receber a quantia.
Além disso, a polícia descobriu a placa do carro usado pelo suspeito no crime e conseguiu prendê-lo. O veículo, alugado e usado no transporte da vítima, foi monitorado pela polícia durante a madrugada e foi encontrado no bairro Jardim Leblon, ainda com o suspeito. Conforme a emissora, o homem foi preso e confessou que manteve a vítima em cárcere privado, além de fazer o transporte de Layze, mas negou que tenha ateado fogo nela.
O nome dele não foi revelado, pois o suspeito teria apresentado três identidades diferentes à Polícia. Ele seria ligado a traficantes da região de Pindorama.
Dentro do veículo havia diversas roupas da jovem, e a que o suspeito usou no momento em que ele colocou fogo na vítima. A polícia encontrou uma garrafa de combustível, que teria sido utilizada no crime, além de uma faca, usada para golpear Layze ao menos sete vezes antes de ser incendiada. O caso será investigado.
Em nota ao Terra, a Polícia Civil confirmou o crime, e informou que o corpo da jovem foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal dr André Roquette para ser submetido ao exame de necropsia. Além disso, as autoridades esclareceta que uma mulher, de 34 anos, e um homem, 36 anos, foram conduzidos à delegacia, onde a ocorrência está em andamento. Outras informações deverão ser repassadas após a finalização dos procedimentos de polícia judiciária.