Justiça concede prisão domiciliar para padre suspeito de estupro e importunação sexual

Alexandre Paciolli Moreira de Oliveira terá que cumprir medidas impostas pela Justiça; ONG Me Too Brasil lamenta decisão

11 abr 2024 - 17h28
(atualizado às 17h29)
Resumo
O padre Alexandre Paciolli Moreira de Oliveira é suspeito dos crimes de estupro e importunação sexual contra uma mulher e teve prisão domiciliar concedida pela Justiça.
O padre Alexandre Paciolli Moreira de Oliveira foi preso preventivamente na quarta-feira, 3, em Fortaleza, no Ceará
O padre Alexandre Paciolli Moreira de Oliveira foi preso preventivamente na quarta-feira, 3, em Fortaleza, no Ceará
Foto: Flickr/TV Canção Nova

O padre Alexandre Paciolli Moreira de Oliveira, suspeito dos crimes de estupro e importunação sexual contra uma mulher, conseguiu a autorização para permanecer em prisão domiciliar. Ele é investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. A Justiça aceitou um pedido da defesa do padre, alegando que o religioso precisa de fisioterapia, além de repouso e cuidados de higiene devido a uma cirurgia na coluna realizada no dia 20 de março.

O padre foi preso preventivamente na quarta-feira, 3, em Fortaleza, no Ceará, e, na decisão, a juíza da 1ª Vara Criminal da Comarca de Nova Friburgo (RJ), Simone Dalila Nacif Lopes, declarou que "a despeito de o acusado responder por crime grave, supostamente praticado mediante abuso da fé alheia, tal fato por si só não tem o condão de gerar a sua prisão preventiva de forma automática”, segundo o jornal O Globo.

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A juíza determinou que o padre deve regularmente comprovar e justificar o endereço de sua residência, comparecer a todos os processos judiciais com uma cópia da decisão de prisão domiciliar, apresentar periodicamente ao tribunal, por meio de advogados, um relatório médico sobre sua saúde e abster-se de contatar a vítima e testemunhas por qualquer meio de comunicação. Além disso, Alexandre não pode sair de sua residência sem autorização.

A ONG Me Too Brasil, que denunciou o caso ao Ministério Público do Rio de Janeiro e acompanha a vítima, informou que a decisão é passível de recurso, além de lamentar “a escolha, que prejudica o bem-estar emocional e psicológico da vítima, colocando-a em risco de intimidação, e alerta para a possibilidade de fuga do acusado”, escreveu.

Em nota publicada no Instagram, a ONG declarou que não há informações sobre o passaporte internacional de Alexandre, não sabendo se o documento foi apreendido, se o padre possui passaporte missionário ou dupla cidadania.

Os casos de importunação sexual e o estupro envolvendo a mesma mulher, teriam ocorrido em agosto de 2022 e janeiro de 2023, respectivamente, na Região Serrana do Rio de Janeiro, em Nova Friburgo.

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Fonte: Redação Nós
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