Justiça nega habeas corpus a cirurgião plástico preso por suspeita de cárcere privado

Bolívar Guerrero Silva é processado por 19 mulheres por erro médico e deformações após procedimentos estéticos

22 jul 2022 - 17h48
(atualizado às 18h05)
Médico foi preso suspeito de manter paciente em cárcere privado após procedimento cirúrgico
Médico foi preso suspeito de manter paciente em cárcere privado após procedimento cirúrgico
Foto: Reprodução/TV Globo

A Justiça negou o pedido de habeas corpus requerido pela defesa do cirurgião plástico Bolívar Guerrero Silva. A decisão foi proferida nesta sexta-feira, 22, pelo desembargador Luiz Felipe Francisco, no Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. O médico teve a prisão temporária prorrogada. 

O cirurgião plástico é suspeito de manter uma paciente em cárcere privado e impedir sua transferência hospitalar como forma de ocultar o estado de saúde. A paciente havia sido submetida a abdominoplastia e mamoplastia em um hospital particular na Baixada Fluminense (RJ). 

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O magistrado destacou que, analisando os autos, não identificou qualquer ilegalidade na prisão do médico, e a decisão de prorrogação da prisão temporária foi devidamente fundamentada, baseada em representação da autoridade policial que requereu a prorrogação da medida para a continuidade das investigações.  

"[...] não há, neste momento, elementos de convicção suficientes para a formação de um juízo seguro quanto à ausência de necessidade de manutenção da prisão do paciente. Por fim, importa salientar que o Plantão Judiciário não é extensão do expediente forense, se submetendo a regras específicas. Não há, no caso concreto, situação que justifique o afastamento da apreciação do pedido de liberdade provisória pelo Juiz natural da causa", ressaltou o desembargador.

Diversos processos por erro médico

O médico responde a uma série de processos por erro médico na Justiça. A cozinheira Dulcineia Ferreira, de 55 anos, foi uma das pacientes de Bolívar Guerrero Silva. Ao Terra, ela relatou que o sonho de reduzir as mamas e ter uma barriga definida virou um pesadelo após realizar o procedimento com o profissional.

Hoje, a mulher vive com excesso de pele na barriga e também com próteses de silicone maiores do que queria, que estão soltas e deslocam conforme se movimenta. A cozinheira entrou com uma ação pedindo reconhecimento do erro médico e indenização por danos morais contra o Hospital Santa Branca, onde o procedimento foi feito, e contra o médico Bolívar Guerrero Silva.

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Dulcineia é representada pelo advogado Starlei Calvosa, que atua também em processos de outras duas vítimas em situações bem semelhantes.

Fonte: Redação Terra
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