A atriz Klara Castanho é a capa de fevereiro da revista Glamour e decidiu abrir coração após ser vítima de violência sexual e dar o bebê para a adoção.
"Não foi minha decisão contar nada, nunca quis que ninguém soubesse. Achei que poderia levar para o caixão toda aquela dor e, quando fui exposta, me senti extremamente vulnerável ", disse à Glamour.
''Levei pelo menos um ano para digerir não só o momento fatídico e a consequência física dele, mas a exposição. Quando minha privacidade foi invadida, não sabia onde me apoiar em mim mesma. Eu tinha minha família, tinha uma equipe profissional, um time jurídico, mas estava desamparada em mim. Eu não dormia, meus pais não dormiam. A gente chorava junto dois dias e dormia um, porque não tivemos tempo de assimilar. Nunca vamos nos acostumar com a ideia do que aconteceu", acrescentou sobre o abuso sexual e a exposição sobre o caso.
Decisão
"Senti na pele o que é ser questionada por tomar uma decisão, o que é ser extremamente julgada por ter uma opinião. Temos um longo caminho como sociedade para respeitar nossas meninas e mulheres. Se a situação não é com a gente, a gente não tem que entender a decisão, apenas respeitar'', refletiu ela.