Larisa Latynina: com 18 medalhas, ucraniana é recordista entre as mulheres vencedoras nas Olimpíadas

Ela conquistou cinco medalhas grávida e seus feito nos pódios só foram superados pelo nadador Michael Phelps em 2016

26 jul 2024 - 05h00

Aos 89 anos de idade, a ucraniana Larisa Latynina é, sem dúvida, uma das ex-atletas olímpicas com mais histórias para contar. Com um desempenho incrível na ginástica artística, ela se tornou lendária pela quantidade impressionante de medalhas olímpicas: 18, em três Jogos Olímpicos: Melbourne (1956), Roma (1960) e Tóquio (1964). Sua marca foi superada apenas em 2016 pelo nadador Michael Phelps. E, até agora, Larisa é a mulher com mais medalhas olímpicas

  • Esse artigo faz parte da série Mulheres Olímpicas, que conta histórias de mulheres que brilharam e se tornaram referências mundiais em seus esportes, impactando gerações futuras.

Larisa Latynina nasceu em 1934, na Ucrânia, e tinha apenas cinco anos de idade quando a Segunda Guerra Mundial eclodiu. Às dificuldades inerentes ao cenário somaram-se a dor pela morte do pai na Batalha de Stalingrado, em 1943, e a saudade da mãe que a enviou para morar com parentes. 

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A dança foi a forma que achou para enfrentar a saudade e a tristeza. Aos 11 anos, porém, o estúdio em que praticava balé fechou e Larisa acabou enveredando pelos caminhos da ginástica, modalidade pela qual se apaixonou. O talento natural foi aprimorado e, treino após treino, a menina se destacou e despontou como a melhor ginasta da União Soviética.

Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964, ganhou suas duas últimas medalhas de ouro olímpicas, além de mais duas de bronze
Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964, ganhou suas duas últimas medalhas de ouro olímpicas, além de mais duas de bronze
Foto: Wikimedia Commons

Em 1954, conquistou a primeira medalha de sua valiosa competição no Campeonato Mundial de Roma. Dois anos depois veio a primeira Olimpíada, aos 21 anos, na qual conquistou quatro medalhas de ouro, por equipes, individual geral, salto e solo, além de uma prata nas barras assimétricas e mais um bronze por equipes. 

Em 1958, grávida de quatro meses, brilhou novamente no Mundial e conquistou cinco dos seis títulos possíveis. Nos Jogos Olímpicos de Roma, em 1960, faturou mais seis medalhas, e nas Olimpíadas de Tóquio (1964) ganhou suas duas últimas medalhas de ouro olímpicas, além de mais duas de bronze.

Em 1966, ela tornou-se técnica da equipe nacional de ginástica da União Soviética, que liderou até 1977. Sob seu comando, a seleção conquistou o ouro por equipes nos Jogos de 1968, 1972 e 1976. 

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No ano 2000, Latynina recebeu a Ordem de Honra do presidente russo Vladimir Putin e participou de um documentário sobre suas experiências como ginasta e técnica da extinta União Soviética.

Larisa, que vive na cidade de Semenovskoye, nos arredores de Moscou, foi naturalizada russa. Em 15 de agosto de 2008, parabenizou o nadador Michael Phelps por quebrar seu recorde de medalhas de ouro conquistadas em Olimpíadas. 

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Fonte: Redação Nós
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