A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI) do Rio de Janeiro abriu nesta terça-feira, 22, um inquérito para investigar Silvana Taques, mãe da atriz Larissa Manoela, pela possível prática de intolerância religiosa. A notícia-crime foi apresentada pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Estado do Rio de Janeiro, representada pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), e se concentra nas acusações de racismo religioso, conforme definido pela Lei 7.716/1989.
A investigação acontece após desentendimentos públicos entre Larissa Manoela e seus pais sobre o controle financeiro dos bens da atriz. Em meio a esse embate, uma conversa entre Larissa e Silvana foi revelada, na qual Silvana fez um comentário sobre a religião da família do noivo de sua filha, o ator André Luiz Frambach. Na troca de mensagens, Silvana se refere à familia do ator como "família de macumbeiros".
Para o Estadão, Carlos Nicodemos, advogado da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa e um dos signatários da notícia-crime, explicou que, nesta fase inicial da investigação, ocorre a coleta das primeiras evidências para que se determine se há fundamentos para prosseguir com o caso. Havendo indícios suficientes, a justiça pode ser acionada através de uma denúncia formal para um julgamento penal.
Se comprovada a culpa, Silvana poderá enfrentar penalidades previstas na Lei 7.716/1989, que estabelece reclusão de um a três anos e multa para quem praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.