Partiu de uma mulher, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, a primeira declaração pública de um representante da CBF sobre os casos de estupro envolvendo os ex-jogadores Daniel Alves e Robinho. Membro da delegação da Seleção Brasileira, que enfrenta a Inglaterra neste sábado (23), ela cobrou punições severas aos dois, mas pediu conscientização por do público e da imprensa. E destacou a necessidade de se colocar o 'dedo na ferida', embora com o apoio de outros setores da sociedade.
"Tenho uma responsabilidade grande, por ser mulher e pioneira em vários aspectos, inclusive a primeira presidente mulher do Palmeiras, a única na Série A e B. Tenho que me posicionar em determinados assuntos, como estes que envolvem o nosso gênero. Mas a gente precisa agir, é preciso que as autoridades se conscientizem. Não é possível não ter empatia ao sofrimento destas meninas, de todas nós. Todo mundo tem mulher em casa, mãe, filha, esposa", disse Leila, ao 'sportv'.
Além disso, ela citou que a possível soltura de Daniel Alves, mediante fiança de 1 milhão de euros (R$ 5 milhões) é inadmissível. Mas cobrou uma posição dura por parte da mídia e da autoridades no mesmo sentido:
"Se acontecer realmente o que estão noticiando, ele (Daniel) vai ficar livre. E isto é um absurdo, é um passaporte para cometer um crime. Não pode acontecer, mas não adianta só eu falar: todas temos que falar. Peço a todas as mulheres, vocês da imprensa também têm responsabilidade. Não consigo solucionar a violência contra a mulher sozinha. Preciso de todos vocês. A pessoa tem que pagar, mas não financeiramente. Condenado tem que ir para a cadeia".
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