Leo Áquilla relembra em biografia que foi apedrejada na rua aos 18 anos por ser trans: "Tragédia"

A jornalista de 54 anos relata episódios de violência e preconceito que enfrentou durante sua trajetória

6 dez 2024 - 11h25
Resumo
Leo Áquilla lançou sua biografia Um Salto Para o Sucesso, onde relembra sua trajetória de vida enfrentando violência e preconceito como mulher trans.
Leo Áquilla também revisita a infância em livro, marcada por rejeição familiar devido aos trejeitos femininos
Leo Áquilla também revisita a infância em livro, marcada por rejeição familiar devido aos trejeitos femininos
Foto: Reprodução: Instagram/leonoraaquillaoficial

A jornalista Leo Áquilla, 54 anos, lançou sua biografia "Um Salto Para o Sucesso", na qual relembra sua trajetória de vida. No livro, Leo relata episódios de violência e preconceito que enfrentou como mulher trans, incluindo uma situação em que foi apedrejada na rua.

"Se você ouvisse alguém contando que uma pessoa foi 'apedrejada', provavelmente pensaria primeiro no sentido figurado da palavra. Talvez imaginasse ser uma forma reforçada de dizer que a pessoa em questão foi criticada, julgada ou insultada. O sentido literal parece algo antiquado, a ponto de remeter aos textos bíblicos", conta.

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"É quase impensável alguém ser literalmente apedrejado nos dias de hoje. Mas eu fui. Aos dezoito anos, trabalhava durante o horário comercial e estudava à noite. Certa vez, enquanto caminhava de volta para casa ao fim de um longo dia, um grupo simplesmente começou a atirar pedras em minha direção, me acertando com várias delas. Essa tragédia foi um enorme ponto de virada em minha vida."

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A obra também revisita a infância da jornalista, marcada por rejeição familiar devido aos trejeitos femininos. Na escola, Leo enfrentou agressões físicas e psicológicas e precisou repetir a primeira série do Ensino Fundamental três vezes, em meio a descaso e abandono.

Além disso, o livro aborda momentos em que sofreu violência sexual e humilhações constantes na vizinhança, enquanto buscava compreender sua identidade de gênero. A arte a ajudou a resgatar o amor próprio e, assim, começou a carreira artística com performances de dublagem como drag queen.

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Na televisão, Leo se consolidou como repórter, mentora e jurada em programas comandados por nomes como Silvio Santos e Raul Gil, tornando-se uma das maiores vozes da comunidade trans no Brasil.

Fonte: Redação Nós
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