Líder indígena e neta de cacique são assassinados no MS

Vítimas já tinham sido alvo de violência anteriormente; os dois casos ainda estão sendo investigados pelas autoridades

14 set 2022 - 12h03
Vitorino foi morto a tiros; corpo de Ariane estava em estado avançado de decomposição
Vitorino foi morto a tiros; corpo de Ariane estava em estado avançado de decomposição
Foto: Reprodução/Facebook/kuñangue Aty Guasu

O líder indígena Vitorino Sanches, de 60 anos, foi morto na terça-feira (13) em Amambai (MS) por pistoleiros. Esse foi o segundo atentado que o indígena Guarani-Kaiowá sofreu: em agosto, Vitorino sofreu uma emboscada e teve o carro alvejado com mais de 10 tiros. Dessa vez, infelizmente, não sobreviveu.

Na hora do acontecimento, Vitorino estava perto de um veículo quando dois pistoleiros atiraram contra ele, segundo informações do G1. O indígena foi socorrido e levado para o Hospital Municipal de Amambai, mas não resistiu. O caso ainda está sendo investigado.

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A violência contra indígenas tem sido frequente no Mato Grosso do Sul. No último domingo (11), a adolescente indígena Ariane Oliveira Caonteira, de 13 anos, foi encontrada morta em uma propriedade rural perto da aldeia Jaguapiru, em Dourados, onde morava. No dia 3 de setembro, Ariane desapareceu de sua casa. Segundo relatos, a menina estava brincando com o celular junto com o irmão quando alguém bateu na porta. Ariane foi ver quem era e desapareceu.

Neta do cacique Getúlio de Oliveira, Ariane já tinha sido alvo de violência há cerca de um ano, quando foi dopada, sequestrada e deixada em frente à sua casa. Desde o acontecimento, a família da menina vinha sofrendo ameaças. O corpo de Ariane, em avançado estado de decomposição, foi encontrado por indígenas e fencaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Dourados.

Um homem foi preso e encaminhado para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) da cidade. A investigação segue em andamento.

Fonte: Redação Nós
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