Líder de um terreiro umbandista de 43 anos foi denunciado à polícia Civil e Militar por seis mulheres por importunação sexual e por estupro com uma dessas vítimas, que era menor de idade. O caso está sendo investigado pela DEAM de Juiz de Fora, Minas Gerais.
O líder de um terreiro umbandista de 43 anos foi denunciado à polícia Civil e Militar por importunação sexual por seis mulheres e por cometer o crime de estupro com uma dessas vítimas, que, na época, era menor da idade. Expedito Moisés dos Santos liderava um centro religioso em Juiz de Fora, Minas Gerais. O acusado importunava sexualmente as vítimas através de vídeos chamadas, mensagens, propostas de banhos íntimos e pedido de carona.
Todas as mulheres que denunciaram o pai de santo frequentavam o mesmo terreiro. O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) da cidade mineira e segue em segredo de justiça.
Importunação sexual e ameaças
Vítimas de diversas idades denunciaram o pai de santo pelo teor indecente de conversas pela internet e por insistir em dar banho íntimo nas mulheres, que só pode ser feito por outras mulheres na religião. De acordo com informações concedidas ao g1 pela polícia e por Matheus Fernandes, advogado de defesa das mulheres, as vítimas detalharam os crimes.
Duas vítimas, de 47 e 42 anos, acusaram o líder religioso de fazer ligações de vídeo com conotação sexual. Outras três, de 33, 32 e 23 anos, denunciaram Expedito Moisés por violação sexual mediante fraude, importunação e ameaças.
A jovem de 23 anos revelou à polícia que o pai de santo disse que ela precisaria estar nua para realizar o banho. Em depoimento, a vítima ainda diz que o banho só deve ser feito por outras mulheres, no caso, uma mãe de santo. As mulheres de 33 e 32 anos apresentaram denúncias semelhantes.
Estupro
Segundo o g1, a vítima, de atualmente 19 anos, denunciou o líder religioso por estupro de vulnerável após outras mulheres denunciarem o religioso. A menina, que tinha 13 anos de idade na época (2017), contou em depoimento que o homem acariciou o seu corpo e passou a mão em um dos seios dela. A vítima revelou que a situação aconteceu dentro do carro do seu pai, após a família ter dado uma carona ao líder religioso, que, em 2017, frequentava o terreiro de umbanda em Benfica, Juiz de Fora, o mesmo que a então adolescente e a sua família. A jovem afirmou que não teve reação por causa do choque e não conseguiu comunicar aos pais o que aconteceu.
Ao portal de notícias da Globo, o acusado negou ter importunado e ter proposto o banho íntimo. Em nota para a imprensa, o advogado das seis vítimas, Matheus Fernandes, afirmou que o inquérito prossegue em andamento e reconhece a seriedade dos delitos.
"A coragem demonstrada por estas vítimas em denunciar tais atos é digna de reconhecimento. Este é um passo crucial na busca por justiça e na defesa dos direitos humanos, especialmente quando se trata de um crime tão abominável como o estupro de vulnerável. O inquérito está em andamento, e confiamos plenamente no trabalho das autoridades competentes", declarou em nota.
O Terra NÓS entrou em contato com a DEAM para mais informações sobre o caso e com a polícia Militar do município. A matéria será modificada assim que houver retorno das partes.
Em caso de violência contra a mulher, denuncie!
Violência contra a mulher é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de agressão contra mulheres, denuncie. Você pode fazer isso por telefone (ligando 190 ou 180).Também pode procurar uma delegacia, normal ou especializada.
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