Lideranças indígenas veem confirmação de Ministério em anúncio de equipe de transição

Portaria que cria grupo para discutir pautas dos povos originários foi assinada por Alckmin, nomeado no Diário Oficial da União (DOU)

9 nov 2022 - 12h13
(atualizado às 12h19)
Foto: Instagram/Sonia Guajajara / Pipoca Moderna

Na tarde desta terça-feira, 8, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) a nomeação do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) como chefe de transição de governo e também a criação de 31 grupos temáticos que vão atuar nos próximos meses no preparo do novo governo. Um dos grupos citado é o de "Povos Originários". 

Diante da sinalização, liderenças indígenas, como a recém-eleita deputada federal Sônia Guajajara (Psol), já dão como certa a formalização do novo ministério proposto por Lula durante a campanha e citado em seu discurso, em São Paulo, após o pleito no dia 30 de outubro. 

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A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Abip) realizou postagem similiar, assim como a também eleita deputada federal Célia Xakriabá (Psol). 

A portaria prevê, ainda, que cada grupo temático será formado por até quatro integrantes, um assessor administrativo e até quinze membros voluntários. A própria Sônia tem sido citada como possível nome para integrar o grupo ou assumir o ministério, caso seja aprovado. 

Outro forte nome para o ministério é Beto Marubo, membro da Organização União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (UNIVAJA). A escolha dele seria uma alternativa à das parlamentares eleitas e evitaria o esvaziamento da chamada "Bancada do Cocar" que se formará no congresso no próximo ano. 

Sônia Guajajara abraça Lula durante evento em São Paulo, 27 de maio de 2022
Foto: EPA / Ansa - Brasil

A ativista Karibuxi, idealizadora do ProIndigenas que destaca iniciativa de pessoas indígenas e co-idealizadora dos boletins #IndígenasECovid19 e #BoletimIndígena, também destacou a necessidade de pessoas indígenas compondo o grupo, ao contrário do que outros usuários das redes sugerem ao declararem preconceituosamente que indígenas não teriam "traquejo político". 

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Fonte: Redação Nós
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