Longe do confinamento da casa mais vigiada do Brasil, Linn da Quebrada estrelou a capa digital de junho da revista Glamour e revelou detalhes de como tem sido a rotina pós-reality. "Tenho tentado ficar em silêncio para restaurar as ideias", conta a multiartista.
Ao refletir sua experiência na disputa da TV Globo, onde ficou em nono lugar depois de ter sido eliminada com 77,6% dos votos, ela conta que: "Senti que eu precisava ir para o Big Brother, mesmo com medo. O que me fez ir foi considerar a possibilidade de que, neste novo momento do Brasil, era possível que uma travesti chegasse à final e pudesse ganhar o maior reality show do país, criando um novo imaginário social de quem nós somos", declarou.
Ainda sobre sua passagem, Linn afirmou que entregou tudo o que tinha, oferecendo ao público o seu bem mais precioso: a intimidade. No entanto, hoje planeja uma reconstrução mais privativa.
"Quando eu saio da casa, em carne viva, eu sinto que, agora, essas pessoas têm tudo de mim, que a minha intimidade se tornou pública. Eu preciso reconstruir em mim o que é privado", disse.
Representatividade LGBTQIA+
Ao comentar que sua participação foi responsável por trazer representatividade para a comunidade LGBTQIA+, Linn ressalta que não deseja oportunidades que girem apenas ao seu redor.
"Em tudo que estou fazendo, tem outras pessoas da comunidade, da velha guarda e da nova geração, junto comigo. Sou produto do meu tempo, e daquelas que vieram antes de mim", finalizou.